Justiça da Federação Russa suspende as operações de uma ONG chamada Grupo Helsinque de Moscou (Московская Хельсинкская группа no original). Tal ONG era alinhada aos países imperialistas, foi fundada em 1976 ainda durante a União Soviética e era a ONG de direitos humanos mais antiga do país, operava visando fiscalizar o cumprimento dos Acordos de Helsinque.
Esses acordos pregam uma estabilidade entre ocidente e oriente, visando fazer com que os países orientais adotem uma série de medidas favoráveis aos direitos humanos nos moldes do que dizem que fazem os países imperialistas, como, por exemplo: abster-se da ameaça ou uso da força; inviolabilidade das fronteiras; igualdade de direitos e autodeterminação dos povos; solução pacífica de controvérsias; não intervenção em assuntos internos; cooperação entre Estados.
Diretrizes essas que as potências capitalistas pregam, mas que, na prática, realizam o oposto, não respeitando a autodeterminação dos povos, como podemos observar nas atitudes norte-americanas durante os governos de Hugo Chaves e Nicolas Maduro na Venezuela, durante o Governo de Zelaya em Honduras, Evo Morales na Bolívia. Interferindo na integridade territorial e violando fronteiras pelo uso da força, como nas invasões do Yemen, Líbia, Iraque e Síria (vale lembrar que os presidentes da Líbia e do Iraque foram assassinados com ajuda e apoio dos Estados Unidos). Além de não cooperarem com certos estados quando não lhes convêm, ou quando esses ameaçam a sua hegemonia, como o que fazem com a Rússia, China e Irã.
A Federação Russa faz muito bem em extinguir tal ONG que jamais deveria ter existido, os países imperialistas aplicam suas políticas com soberba, senso de superioridade e altas doses de hipocrisia. O Grupo em questão ou qualquer país europeu não possui moral para ditar e fiscalizar direitos humanos onde quer que seja, principalmente devido ao seu tratamento para com quaisquer pais e povo das regiões mais pobres do globo. O que corrobora para entendermos a decisão russa é que o país vive um contexto de guerra contra a OTAN e não pode deixar que forças ligadas ao imperialismo ameacem o seu país. Tais organizações prejudicam o país manipulando a opinião pública contra o regime atual, sem mencionar os possíveis casos de espionagem e sabotagem que podem surgir de órgãos como este que foi extinto.
Em Cuba, na Coreia Popular, bem como em diversos outros países que já sofreram nas mãos do imperialismo, ONGs como essa foram proibidas visando a seguridade e estabilidade do governo.