O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem tido dificuldades de explicar os motivos para que os juros sigam altos no Brasil. A coisa anda tão feia para ele que, na última terça-feira, dia 25, ele teve de amar a si mesmo para tentar convencer alguém de que seu trabalho é positivo.
Roberto Campos Neto foi nomeado por Jair Bolsonaro, e o Lula tem de lidar com um oposicionista no governo ditando os níveis da taxa de juros. A medida é tão escatológica que oposição e governo estão tendo que apertá-lo para que dê explicações sobre a alta da taxa de juros, ainda que a inflação esteja baixa.
No Senado Federal, Campos Neto apelou para o autoelogio. Relatou que, no ano passado, o Banco Central “previu” uma alta da inflação que nenhum economista ou país havia notado. Ou seja, só o Banco Central de Campos Neto viu que a inflação subiria, e, diante disso, tomou a decisão de promover uma alta absurda na taxa de juros.
Assim, o presidente do Bacen conseguiu fazer o que nenhum outro ser do planeta foi capaz: ver algo positivo em seu trabalho e, até mesmo, elogiá-lo. Campos Neto surpreende a opinião pública cada dia que passa. Um fenômeno jamais visto.
Campos Neto subjuga a população brasileira a condições de empréstimo insustentáveis e ainda debocha da situação. É um inapto, um cidadão sem qualquer compromisso com a população, que o odeia.
Em pesquisa recente do Datafolha, foi mostrado que 80% da população brasileira está ao lado de Lula na crítica aos juros impostos pelo Banco Central. 71% acredita que as taxas estão mais altas do que deveriam, e 55% considera que estão muito mais altas. Ou seja, só resta a Campos Neto amar a si mesmo.
Campos Neto é herdeiro direto do poder da burguesia brasileira. Neto de Roberto Campos, jocosamente chamado de Bob Fields, economista que defendia os interesses da burguesia e do imperialismo. Neto seguiu o caminho do avô e comprometeu-se com a burguesia para cumprir o papel de ceifador do povo.
A mídia burguesa, principalmente a Rede Globo, defende com unhas e dentes a posição “autônoma” do Banco Central, mostrando seu caráter autoritário, antipopular e genocida contra o povo.
Essa política tira força da pressão popular sobre um aspecto político que afeta diretamente sua vida, deixando nas mãos dos bancos o controle sobre a produção da economia brasileira.
Roberto Campos Neto é um inimigo da população brasileira e sua função principal, no momento, é travar o governo Lula. Nesse sentido, é necessário que a população, principalmente setores ligados aos sindicatos e PT, se mobilizem para que Campos Neto seja derrotado e sacado de seu posto.