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Elenco frágil

“Reforços internos” é tapa de Textor na cara dos botafoguenses

Por mais que as falhas existam efetivamente, o caso do Botafogo mostra bem o problema das SAFs

A situação do elenco do Botafogo voltou à tona entre a torcida alvinegra após a derrota do clube contra os reservas do Flamengo na Taça Guanabara. Por mais que o resultado, de 1 a 0 para o rubro-negro, não represente, de fato, o que foi a partida, fato é que o Botafogo, desfalcado por lesões e cartões amarelos, mostrou sua limitação no elenco.

No início de 2022, o futebol do Botafogo se tornou Sociedade Anônima Financeira (SAF), sendo adquirida pelo bilionário norte-americano John Textor, que detém 90% das ações do futebol do clube. O empresário já era então sócio-minoritário do Crystal Palace da Inglaterra e sócio-majoritário do RWD Molenbeek.

Em 2022, Textor tratou de organizar o clube. Investiu dinheiro para montar um elenco de certa qualidade, para organizar uma estrutura mínima para o clube — como Centro de Treinamento — e para montar um trabalho de base mais sólida. Com dificuldades para se reorganizar, o Botafogo realizou um mau 1º turno do Campeonato Brasileiro. Depois, aproveitando o recém-criado elenco sub-23 (ou Botafogo B), trouxe o ponta Jeffinho para o time titular.

Jeffinho, um típico jogador brasileiro, habilidoso e driblador, rapidamente se tornou destaque no time principal, que melhorou. No entanto, mesmo com treinador Luís Castro afirmando que ainda contava com o jogador para temporada 2023, o Botafogo vendeu o atleta no início deste ano. Acontece que Jeffinho foi para o Olympique Lyonnais, da França. O clube francês foi recentemente comprado por Textor, levantando suspeitas de que o Botafogo e toda a rede multi-clubes da Eagle Holdings serviriam como satélites para o clube principal, o Lyon.

A venda revoltou a torcida do Botafogo, que está interessada em títulos para quebrar o “jejum” de 27 anos sem títulos nacionais. Textor, tentando se justificar, afirmou que, com o dinheiro adquirido com a venda de Jeffinho, daria para comprar dez bons jogadores para o Botafogo. No início do ano, antes mesmo da venda do ponta-esquerda, afirmava-se que chegariam ao Alvinegro pelo menos seis jogadores para serem titulares.

No entanto, até o momento, o Botafogo não cumpriu com suas promessas. Alguns jogadores de qualidade, como Marlon Freitas, chegaram a 2023, mas, até agora, não houve nada fundamental nas contratações. Exemplo disso é que o time titular do Botafogo claramente necessita de pontas. Os dois utilizados atualmente, Lucas Piazon e Victor Sá, são reservas do ano passado.

No entanto, para ludibriar a torcida, a diretoria Alvinegra já fala em “reforços internos”. Sá e Piazon seriam estes “reforços internos”. Na realidade, isso significa: utilizar os reservas de outras temporadas. Simultaneamente, o departamento de Scout do Botafogo busca apenas atletas custo zero, pois o bilionário Textor não quer gastar dinheiro com contratações com o Botafogo. Mas, claro, sempre há um pretexto. Agora os motivos de não contratar seriam falhas na Lei da SAF, que continua prejudicando o clube com dívidas antigas.

Por mais que as falhas existam efetivamente, o caso do Botafogo mostra bem o problema das SAFs. Os empresários compram os clubes nacionais e querem garantias relacionadas às dívidas antigas do clube — motivo pelo qual a maioria dos clubes brasileiros estão falidos. É como funciona no capitalismo decadente, em geral, compra-se um patrimônio e busca-se lucro fácil. Vende-se Jeffinho para o Lyon e não contrata ninguém para repor na posição, exceto sendo custo zero (muito mais difícil de achar). Enquanto isso, o Botafogo sofre com dois pontas que mal sabem dominar uma bola…

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