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Mais calúnias

Quem calunia Gleen Greenwald defende a ditadura do STF

O jornalista norte-americano por ser uma das poucas vozes a denunciar a ditadura do judiciário se tornou o mais recente alvo da histeria da esquerda pequeno-burguesa

O apoio da esquerda pequeno burguesa a ditadura do STF se tornou tão amplo que qualquer um que a denuncia não só é atacado por este setor como é até mesmo caluniado. O caso mais recente é o do jornalista Glenn Greenwald que partindo de uma perspectiva democrática, daquela da constituição dos EUA, critica duramente o regime criado pelo STF nos últimos anos. Ele por ser uma pessoa famosa e influente na esquerda, até certo ponto, e também não muito radical, como o PCO que é censurado, está quebrando a cúpula de fantasia criada pela imprensa burguesa e a esquerda pequeno burguesa. Sua última critica, após a censura de Monark e o deputado Nikolas Ferreira, o tornou vítima de um furioso ataque, até Brian Meir, jornalista compatriota seu entrou na campanha.

O jornalista, que é colunista do Brasil 247, publicou um fio em seu Twitter com uma serie de criticas a Glenn Greenwald. Ele começa assim: “Glenn Greenwald passou ano eleitoral cometendo assassinato de caráter contra Lula como “neoliberal”. Isso falhou, então ele vai para o plano B: chamá-lo de “autoritário”. Ele precisa gastar mais tempo aprendendo sobre as leis do Brasil e menos tempo defendendo fascistas pomposamente.” A primeira afirmação é uma farsa, Glenn não fez uma campanha intensa contra Lula, ele não aderiu a campanha em sua defesa. Uma das “tentativas de assassinato eleitoral” foi quando ele criticou a escolha de Alckmin como vice, algo amplamente repudiado pelas bases do PT.

Brian Mier assim coloca Glenn como um bolsonarista, que tendo Lula vencido as eleições adentrou ao movimento para derrubá-lo e por isso critica Alexandre de Moraes, um total absurdo. Na análise de Mier a política de Glenn ou seria bolsonarista ou seria como a do PSTU ou do PCB contra o governo Dilma, algo que não condiz com a realidade visto que esses entraram na frente em defesa do STF. Depois Mier acusa Glenn de não enteder a legislação brasileira quando o jornalista norte americano claramente compreende, ou ao menos respeita, mais as leis do Brasil que o próprio STF. Ele é um dos poucos que defende a Constituição: “É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”. Brian Mier é que deveria aprender que o Brasil não é uma república de bananas e que tem uma Constituição.

Mier continua sua argumentação no fio: “Estou prevendo que Glenn, que já está atacando o judiciário brasileiro como autoritário por fazer cumprir o estado de direito, expandirá isso para todo o governo Lula.” Aqui fica claro a total falta de compreensão da política de Glenn. Ele é um defesor dos direitos democráticos, não da falsa democracia que defende o imperialismo. Alexandre de Moraes é um dos principais atores de falsa democracia, assim como Temer,o presidente ipmosto pelos EUA, que indicou Moraes para o STF.. E para além disso Lula não se mostrou como alguém que se coloca contra os direitos democráticos, não há motivos portanto para Glenn atacá-lo, a sua principal crítica é contra o STF.

Brian Mier então calunia Greenwald e Monark: “Hoje, como na Alemanha, apologia ao nazismo é ilegal. Quando um podcaster fascista chamado Monark apoiou a ideia de legalizar o nazismo, ele foi demitido. Glenn o declarou vítima de censura e o ajudou a encontrar um novo emprego”. A calúnia de que Monark é fascista é uma das mais absurdas, ele defendeu a posição de que a extrema direita deve ter os mesmos direitos que toda a população, algo tradicional do próprio marxismo. Lenin defendia a liberdade de organização, assim como Marx e Engels, isso evolve também a liberdade para os inimigos dos trabalhadores. Além disso Monark não é fascista, ele nunca defendeu nenhuma política fascista, inclusive se colocou contra Bolsonaro, sem declarar apoio a Lula.

Outra farsa é que no Brasil não é ilegal fazer apologia ao nazismo, a lei Nº 7.716 art 20 diz ”fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.” Portanto Monark não só não fez apologia ao nazismo como se tivesse feito isso não seria um crime. Fica claro que quem tem pouco conhecimento das leis brasileiras é o próprio Brian Mier, que acha que o Brasil é a Ucrânia onde o nazismo é ilegal. Neste país mesmo com a lei proibindo o movimento nazista é gigantesco, o que mostra que não é com a lei que se combate o fascismo.

A argumentação de Brien Mier então chega no ápice do absurdo: “Glenn agora está reclamando porque os tribunais brasileiros ordenaram que as contas de rede social de Monark fossem bloqueadas. A lei brasileira não apóia a lliberdade de expressão absolutista no estilo Cato Institute. Ele clama por ‘harmonia entre direitos’.” O jornalista norte americano criou um dos conceitos mais paradoxais da história a “liberdade de expressão absolutista”. O direito de expressão foi conquistado justamente na luta contra o absolutismo, um regime de censura, foi conquista por meio de revoluções, nos EUA e na França, é um dos direitos democráticos mais importantes. Não há como um direito ser absolutista, isso é uma total contradição.

E com base nessa ideia ele continua: “Na lei brasileira, ‘harmonia de direitos’ significa que um direito não pode ser usado para suprimir outros direitos. Incitar um golpe militar pode ser um discurso protegido nos EUA, mas não é no Brasil. Portanto, a sobreposição de Glenn do absolutismo da liberdade de expressão em um contexto jurídico brasileiro é imperialista.”  Aqui entra o malabarismo juridico. Não há como um direito suprimir outro direito, há como ações suprimirem direitos. Censurar alguém por exemplo suprime o direito a liberdade de expressão. Agora publicar uma artigo em defesa da censura não suprime nenhum direito. Organizar um golpe tomar o poder e fechar toda a imprensa suprime os direitos, já publicar em redes socias que gostaria que isso fosse feito não é suprimir um dirieto. É preciso que a diferença entre pensamento e ação seja muito clara pois apenas as ações podem suprimir direitos.

Ele então acusa Glenn Greenwald de ter uma interpretação imperialista do Brasil. O embasamento seria que ele analisa as leis brasileiras com um parametro dos EUA, algo que já foi refutado acima. O mais interessante é que o ministro Alexandre de Moraes não é associado ao imperilismo por Mier. Ele que é do PSDB, principal partido imperialista no Brasil, foi indicado por Temer, um governo imposto pelo imperialismo no Brasil, é protegido por Mier. Na verdade protegido por toda a esquerda pequeno burguesa. Esse é o principal motivo dos ataques a Glenn Greenwald, ele esta denunciado uma ditadura do judiciário que vem sendo imposta pelo próprio imperialismo no Brasil. Judiciário esse que quanto mais força ganha mais é um perigo para os trabalhadores e para o próprio governo Lula. Basta lembrar que Moraes apoiou o golpe contra Dilma e a prisão de Lula.

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