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Histeria

Quebrou um relógio, é terrorista!

Invasão ao Palácio do Planalto: o 11 de setembro do Alexandre de Moraes?

Foi publicada, em uma notícia do Brasil 247, uma matéria comentando as manifestações bolsonaristas de 8 de janeiro no Palácio do Planalto. Na matéria, os manifestantes eram classificados como terroristas por um motivo muito peculiar: em razão de terem destruído um relógio produzido pelo Di Cavalcanti.

Esta posição, que classifica os bolsonaristas como terroristas – inclusive, pelos motivos mais fúteis, como por terem depredado obras de arte –, está difundida por toda a esquerda brasileira. Segundo os defensores desta concepção, atos em que se invada prédios públicos são atos de tipo terrorista, coisa que é uma visão de mundo profundamente direitista. Para compreender melhor isso, é preciso entender o que de fato é o terrorismo, como ele é utilizado e a que propósitos serve na propaganda imperialista.

O que é o terrorismo?

De maneira genérica, o terrorismo é qualquer ação política que vise, por meio de grande violência, impor o terror dentro da população ou dentro do governo. Um exemplo de organização que recorria ao terrorismo como método é a Naródnaia Vólia, que assassinou o czar Alexander II.

Esses métodos, via de regra, desencadeavam uma dura repressão por parte do Estado – não raramente, as organizações desses tipos eram extintas após realizar grandes atos de terrorismo. Deixando de lado todo o debate por detrás da questão, visto que o terrorismo enquanto método era duramente criticado pelos marxistas, é importante deixar citado que essas organizações infundiam o medo e o terror através de assassinatos: não através de depredações de obras de artes.

A quem serve a campanha contra o terrorismo?

Desde o 11 de setembro de 2001, quando os Estados Unidos iniciaram a Guerra ao Terror, o aparato de propaganda do imperialismo integrou a demagogia em torno do terrorismo. O termo “terrorismo” passou a ter uma conotação ideológica; isto é, ele passou a ser utilizado de acordo com determinados fins para atender aos interesses do imperialismo.
No caso, a propaganda com base no terrorismo é, historicamente, utilizada para suspender as liberdades civis, os direitos democráticos do povo e as garantias constitucionais. Foi assim nos Estados Unidos, com o chamado USA Patriot Act.

Quais as perspectivas desta campanha no Brasil?

A esquerda pequeno-burguesa, profundamente assustada com o fenômeno do bolsonarismo, clama para que a justiça reprima os manifestantes de extrema-direita, ao invés de organizar a autodefesa.

Dentro dessa campanha pela repressão das forças burguesas de segurança e do judiciário contra os bolsonaristas, setores da esquerda decidiram classificar os manifestantes como terroristas. Pela lógica, como o terrorismo é utilizado pelo imperialismo para criar um clima de histeria e para suspender as garantias civis, e, como a esquerda quer recorrer ao judiciário para combater os bolsonaristas, basta classificá-los como terroristas para que a repressão funcione!

No entanto, na sociedade burguesa, as coisas não se dão desse modo. A chave da cadeia não está com a esquerda, nem com os movimentos populares; a intensificação das leis antiterrorismo, obviamente, vão servir para perseguir o MST, os movimentos de luta pela moradia e os militantes de esquerda.

No desespero pela criminalização do bolsonarismo, unido à ilusão de ter o controle do Estado, a esquerda tem exigido uma legislação extremamente repressiva – que passe por cima de qualquer Estado republicano. Não só pedem que se aplique a lei antiterrorismo, como que se considere como terrorismo até mesmo as coisas mais banais – como depredar uma obra de arte.

Agora, o que um juiz, tendo poderes ditatoriais para decidir sobre a vida e morte, podendo passar por cima de todas as garantias constitucionais fará com os militantes de esquerda? Obviamente, a defesa da tipificação de manifestações como terrorismo trata-se da política mais reacionária possível; tal política é totalmente incompatível com a esquerda. Trata-se de uma visão de mundo contrarrevolucionária, que vai na contramão da luta histórica em defesa das reivindicações democráticas da classe trabalhadora; toda essa política é baseada, única e exclusivamente, na histeria.

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