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A luta contra o imperialismo

Que países a França ainda domina na África?

A situação na Africa indica para um acirramento ainda maior da luta contra o imperialismo em todo o mundo

A colonização francesa sobre o continente africano foi um dos principais momentos da estruturação do que se tornaria o imperialismo francês atual. Com o controle direto, até meados do século, sobre Marrocos, Tunísia, Guiné, Camarões, Togo, Senegal, Madagascar, Benin, Níger, Burkina Faso, Costa do Marfim, Chade, República do Congo, Gabão, Mali, Mauritânia, Argélia, Comores, Djibouti e República Centro Africana, os franceses tornaram a África seu principal ponto de exploração.

Com os recursos das minas, a exploração de jazidas e o total controle econômico, a França por meio de suas empresas e do controle direto por parte do Estado matem até hoje um controle ditatorial sob mais de 20 países africanos. 

Mesmo após o fim das colônias de forma oficial, o imperialismo francês manteve o controle econômico e até mesmo político nos países dominados. Com ditaduras impostas pela França, com a existência de acordos criminosos que garantiam à França o controle das principais matérias-primas exploradas nos países, povos como do Níger, Gabão, Congo, entre outros são mantidos como escravos do imperialismo francês.

No entanto, esta dominação vem sendo colocada em xeque na última década. Com o aprofundamento geral da crise do imperialismo e seu enfraquecimento no controle dos países atrasados, desde 2013 o governo francês vem enfrentando diversas dificuldades com a população local destes países africanos, como também com grupos políticos que se colocam diretamente contra os interesses e o controle do imperialismo. 

Desde 2013, mais de 5 mil militares franceses foram enviados para combater grupos jihadistas em países como Mali, Burkina Faso, Chade, Níger, Mauritânia, entre outros.

Promovendo invasões, golpes de Estado e o controle forçado dos governos locais, o imperialismo francês impulsionou guerras civis no interior dos países africanos e buscou por meio de intervenções militares controlar os governos locais. De 2013 a 2022, por exemplo, mais de 2.400 soldados foram colocados para intervir no Mali e impor uma ditadura no país. No entanto, com a crescente deterioração das relações com a junta militar no poder e também com a crescente hostilidade da população contra a França, os franceses foram obrigados a se retirarem.

Do contingente inicial, a França mantém 2.500 soldados na região, divididos entre o Chade e o Níger, para combater os grupos armados no Sahel.

A saída abrupta e forçada pela mobilização popular contra os franceses acompanha uma onda mundial de confronto dos países atrasados com o imperialismo. Após a vitória do Talibã no Afeganistão, expulsando os Estados Unidos, e com o início da guerra na Ucrânia, entre as forças russas e a OTAN, o continente africano entrou em estado de ebulição contra o imperialismo, sobretudo nas colonias francesas.

A própria saída dos soldados franceses costuma ser seguida de uma aproximação dos governos locais com o Grupo Wagner, parceiro do governo russo na guerra da Ucrânia, como no caso do Mali, onde a junta militar no poder em Bamako fez um acordo com os mercenários para apoiar o seu exército.

Dessa forma, além de Niger e Gabão, que neste último período passaram por intensas mobilizações populares e por golpes militares contra o imperialismo francês, outras nações como Mali, Burkina Faso, também se revoltaram nos últimos anos, sobretudo após o início da guerra na Ucrânia.

A situação na Africa indica para um acirramento ainda maior da luta contra o imperialismo em todo o mundo. Neste sentido, a inclusão de países como a Etiópia ao BRICS e o fortalecimento de sua estrutura internacional, são um importante ataque ao domínio imperialista em todo o mundo.

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