O Prefeito de Porto Alegre, Sebastião de Araújo Melo, do golpista MDB, a partir de hoje (03), resolveu reduzir ainda mais o número já precário de trabalhadores rodoviários da capital do Rio Grande do Sul. A atitude de diminuir o número de funcionários foi oficializada na última terça-feira (31/01). A política de redução do quadro de funcionários, com a extinção dos cargos dos cobradores, deixa aos motoristas a tarefa de dirigir, cobrar e realizar todas as demais tarefas inerentes aos dois trabalhadores. A dupla função dos motoristas começou em fevereiro de 2022.
De acordo com o calendário do prefeito, com a retirada desses profissionais na sexta, 34% dos itinerários na Capital ficarão sem cobradores. A previsão é atingir 50% dos itinerários até o fim do ano, segundo informações divulgadas pela Prefeitura. A meta de Melo é que o processo de extinção da função de cobrador seja concluído até 2026.
Conforme Paulo Roberto Pereira Rocha, representante da CUT-RS no Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu), “o fim do cobrador no ônibus sobrecarrega e atrapalha o motorista, que assume a função de cobrar a passagem enquanto dirige, aumentando o risco de acidentes e o tempo de duração da viagem”.
Com a atitude do prefeito, além da sobrecarga de trabalho, dificulta-se o acesso de cadeirantes, dado que essa tarefa passou a ser acumulada também pelo motorista, que acaba exercendo duas funções, sofrendo maior desgaste e recebendo o mesmo salário, enquanto os empresários estão lucrando ainda mais, uma vez que os cobradores perdem seus empregos.
Transporte gratuito
O transporte rodoviário público, que deveria ser gratuito no município de Porto Alegre, é de R$4,80. No entanto, os patrões não estão nada satisfeitos e querem mais, querem aumentar o volume de suas contas bancárias e, desta forma, estão sacrificando os cobradores, bem como, seus familiares, além de colocarem sob risco um enorme contingente de passageiros que se utilizam esse tipo de transporte todos os dias.
Para que seja derrotada essa política de terra arrasada de Sebastião Melo, para que os cobradores continuem realizando suas tarefas: nenhuma demissão. Para que isso ocorra é preciso uma greve nos transportes rodoviários. As direções dos trabalhadores nos transportes devem tomar a frente juntamente com os funcionários para evitar que mais trabalhadores venham aumentar o já enorme contingente de desempregados. Essa luta tem que ser levada adiante pela CUT.
