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Dia de Solidariedade

Povo saiu às ruas em todo o mundo contra o genocídio na Palestina

Em São Paulo, ato mobilizou milhares de pessoas e contou com bandeiras e faixas de apoio aos grupos armados árabes

No dia 4 de novembro, manifestações em todos os continentes mostraram, nas ruas, o crescente apoio popular à causa palestina. Em mais de cem cidades, naquilo que ficou conhecido como Dia Internacional de Solidariedade à Palestina, o povo denunciou os crimes que o Estado de Israel vem cometendo há décadas contra a população árabe.

No Brasil, o ato mais importante aconteceu em São Paulo, capital política do País. Milhares de manifestantes compareceram à Avenida Paulista, ultrapassando o público presente nos três atos anteriores. “Esse ato aqui tem uma mudança qualitativa”, destacou João Jorge Caproni Pimenta, membro do Comitê Central Nacional do Partido da Causa Operária (PCO). “Não estamos mais lidando com uma mobilização apenas religiosa, que é importante. Finalmente conseguimos incluir outros setores, partidos políticos, movimentos sociais. E isso é uma grande vitória”.

Embora contasse com uma participação muito tímida de elementos isolados do Partido dos Trabalhadores (PT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Central Única dos Trabalhadores (PT), entidades que reúnem milhões de filiados, a manifestação de fato teve a participação de dezenas de organizações da esquerda brasileira.

Sem dúvida, o maior destaque do ato foi o PCO. O Partido, que foi o único a dispor de carro de som, agrupou centenas de pessoas em seu bloco, arrastando uma multidão de pessoas com bandeiras do Hamas, faixas em apoio à Palestina e uma bateria muito ativa, gritando palavras de ordem a todo instante.

“Estado de Israel, Estado assassino! Viva a luta do povo palestino!”, cantavam repetidamente os integrantes da bateria, sendo ecoados pelos participantes do bloco do PCO.

A participação expressiva do PCO foi elogiada por membros da comunidade árabe, como o companheiro Gubram, que possui ascendência libanesa:

“O apoio às questões diversas envolvendo o Oriente Médio, envolvendo o povo árabe, em especial a Palestina, sempre foi acolhido pela esquerda brasileira. Estou muito feliz de ver as bandeiras levantadas e quero que elas permaneçam levantadas. Gostaria de agradecer especialmente ao PCO, que compõe em massa esse movimento e esse ato”.

Mas o que mais chamou a atenção no bloco do PCO, além da quantidade de pessoas, foram os materiais exclusivos vendidos em sua banca. As camisas e bandeiras verdes do Hamas se esgotaram em poucas horas, quando a passeata mal havia começado. O Partido também foi o único a comparecer com milhares de cartazes, panfletos e adesivos pedindo o fim do Estado de Israel e o fim do genocídio na Faixa de Gaza.

O ato da Avenida Paulista, que foi profundamente vitorioso, acabou se tornando um verdadeiro divisor de águas na luta em defesa do povo palestino. Por iniciativas como a do PCO, rompeu-se uma barreira ridícula que havia nas manifestações anteriores, quando setores como o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) atuaram para impedir que as pessoas demonstrassem seu apoio aos movimentos armados da Palestina. No ato de 4 de novembro, ficou estabelecido: defender a Palestina é defender o Hamas!

Para fechar com chave de ouro, os manifestantes encerraram o ato público em frente à Praça Roosevelt queimando a bandeira do Estado de Israel.

Em outras cidades brasileiras, pessoas também se manifestaram em favor do povo palestino. Capitais como Porto Alegre, Florianópolis, Brasília, Belo Horizonte, Goiânia, Campo Grande, Maceió, Recife e Natal registraram manifestações pequenas, mas que desempenharam o seu papel no Dia Internacional de Solidariedade.

Entre as manifestações de maior destaque no mundo, estão as dos Estados Unidos, onde a crise política se intensifica a cada dia. Milhares de manifestantes se reuniram em atos públicos em Washington, Nova York, Las Vegas e outras cidades.

Apesar de os Estados Unidos serem o principal aliado de Israel – e, portanto, haver uma propaganda muito intensa em favor dos sionistas -, uma pesquisa recente mostrou que 84% dos eleitores norte-americanos disseram estar preocupados de que os Estados Unidos seriam atraídos militarmente para o conflito. Ao mesmo tempo, 51% apoiou o envio de mais ajuda militar a Israel, o que indica que, no mínimo, o país estaria dividido sobre a questão. A insatisfação com a política norte-americana está relacionada não só com os prejuízos que o envolvimento em uma guerra traz – como tem trazido no caso da guerra da Ucrânia -, como também por causa de toda a pressão mundial contra Israel.

Neste momento, até mesmo a burguesia norte-americana se preocupa com os planos do governo de Benjamin Netanyahu, que podem levar a uma rebelião generalizada que acabe por expulsar o imperialismo da região.

Na Europa, muito chamou a atenção os protestos na Alemanha e na França. Ambos países, além de contarem com uma numerosa população imigrante, também vêm sofrendo bastante com os efeitos da guerra da Ucrânia.

Em Berlim, uma multidão marchou em apoio ao povo palestino.

Na França, os atos públicos foram os primeiros após uma série de proibições que visavam censurar a luta do povo palestinon.

Em Milão, na Itália, estima-se que 4 mil pessoas tenham se reunido em favor do povo palestino, também demonstrando um crescimento expressivo da causa no país.

A Turquia, que recentemente contou com um protesto gigantesco, onde esteve o próprio presidente do país, Recep Erdogan, não teve uma manifestação tão grande. No entanto, ela teve um objetivo muito bem definido: denunciar a participação dos Estados Unidos no massacre dos palestinos.

Centenas de manifestantes se reuniram em Istambul e Ancara, um dia antes de uma visita à Turquia pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken. Eles seguravam faixas que diziam: “Blinken, cúmplice do massacre, vai embora da Turquia”.

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