O subprocurador-geral do Ministério Público (MP) Lucas Rocha Furtado protocolou um pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) para aumentar o tempo de inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) que, na sexta-feira passada (30), foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Furtado pediu que seja apurado o “dano ao erário decorrente do abuso de poder político e do uso indevido dos meios de comunicação, especialmente por meio de canal público, por parte do ex-Presidente da República Jair Bolsonaro, no contexto da decisão tomada pelo TSE quanto à inelegibilidade”.
Caso o TCU aceite seu pedido, a inelegibilidade do ex-presidente será levada para além de 2031.
O Tribunal de Contas da União é o órgão responsável por fiscalizar as contas públicas e a gestão dos recursos federais.
Na quinta-feira (29), o ex-presidente golpista Jair Bolsonaro afirmou que já arrecadou o dinheiro suficiente para pagar todas as multas que sofreu em processos judiciais e eventuais novas punições.
A dívida de Bolsonaro com o governo de São Paulo, por exemplo, já passa de um milhão de reais por não usar máscaras em espaços públicos durante a pandemia da COVID-19.
“Foi algo espontâneo da população. O Pix nasceu no nosso governo. Já foi arrecadado o suficiente para pagar as atuais multas e a expectativa de outras multas. O valor vamos mostrar mais pra frente. Agradeço a contribuição. A massa contribuíam com valores entre R$ 2 e R$ 22. Foi voluntário”, afirmou ao desembarcar no Rio de Janeiro.
O caso demonstra como a perseguição à extrema-direita apenas a fortalece. Afinal, Bolsonaro combateu o Judiciário mobilizando a sua base, aumentando, assim, a sua força política.
Derrotado por uma pequena margem de votos nas eleições presidenciais de 2018, Bolsonaro segue como a principal liderança da direita nacional. Com uma base de milhões de pessoas, Bolsonaro tem apoio em várias camadas da pequena burguesia e no aparato de repressão do Estado.