Temos assistido a uma leva de notícias sobre o estado de penúria na qual vivem os ianomâmis. E as crianças têm sido as maiores vítimas, acometidas de malária ou desnutrição. As explicações que aparecem sobre a fome e as doenças ainda parecem incompletas. Tudo recai sobre o garimpo ilegal. Mas a verdade é que os índios já viviam mal antes mesmo da gestão de Jair Bolsonaro.
Crianças ianomâmis que dão entrada no Hospital da Criança Santo Antônio, em Boa Vista – Pará, apresentam quadro de diarreia e pneumonia, além de desnutrição. Na UTI já estão precisando intubar as crianças além dos procedimentos para hidratação ou nutrição endovenosa.
O deslocamento das crianças até Boa Vista demonstra o quanto é importante que haja atendimento médico local. Mostra também que os índios precisam de acesso a alimentos, água potável, e para isso é preciso desenvolver a região.
Boa parte da esquerda acredita que o índio é um ser mitológico, uma espécie de ‘guardião da floresta’. No entanto, diferentemente dos índios ‘gourmet’ que vivem em casas confortáveis, com chuveiro quente, internet e dizem que índio não precisa de eletricidade, os índios de verdade querem, sim, assistência, recursos para poderem se desenvolver.
O governo precisa abrir linhas de crédito para que as tribos possam comprar tratores e insumos agrícolas; fornecer técnicos e educação para que se tire bom proveito do solo.
No que diz respeito à mineração, a situação é a mesma. O governo poderia fornecer recursos para que os próprios índios possam garimpar. O garimpo ilegal utiliza o mercúrio porque é barato, requer pouco investimento. Se houvesse maquinário, essa prática seria deixada de lado.
É preciso deixar de lado essa visão romântica que a esquerda tem dos índios, eles podem ser peças fundamentais para que possamos desenvolver a Amazônia, uma área que é totalmente cobiçada pelo imperialismo.
Muitas das ONGs que se ‘preocupam’ com os índios, insistem em deixá-los ainda na pré-história sob a desculpa de que precisam manter suas culturas, mas isso não passa de demagogia. Estão usando os índios para afastar a própria União de desenvolver a região Amazônica.
As crianças ianomâmis estão pagando um preço caro por uma política que visa não o seu bem-estar, mas interesses escusos. Mas, é bom que se saiba, o índio brasileiro, em sua grande maioria, praticamente se tornaram mendigos da floresta.
Está mais do que na hora de levar o desenvolvimento para nossos indígenas, para que eles tenham acesso, como qualquer outro brasileiro, à saúde, eletricidade, educação, saneamento básico etc. Ou fazemos isso, ou continuaremos a ver crianças morrendo de subnutrição e malária.