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Henrique Simonard

Membro do Comitê Central do Partido da Causa Operária (PCO) e militante da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). Redator do Dossiê Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Vitória palestina

Para onde vai o imperialismo?

Afeganistão, Ucrânia, África e agora Israel. Quantas outras derrotas os EUA e as potências européias ainda vão aguentar?

Quando o Talibã tomou derrotou o maior e mais poderoso exército do mundo em agosto de 2021, a maioria não parecia entender o verdadeiro significado desse marco histórico. Um bando de fazendeiros, jovens adolescentes e velhos saiu das pedras e, em tempo recorde, liberou um país de 20 anos de brutal ocupação. Nesses 20 anos, os afegãos eram bombardeados 20 vezes por dia, e o governo americano gastou nada menos que US$ 2 bilhões .

O mais importante é que essa vitória mostrou para o mundo que os países imperialistas estavam, e agora mais do que nunca, enfraquecidos, e a hora da revanche tinha começado.

Claro que a imprensa imperialista internacional tentou diminuir o impacto e até tentou apresentar o acontecimento como uma grande derrota para a humanidade. Mas a verdade é que desde então, o mundo respira mais livre.

De lá para cá a Rússia disse basta para o avanço da OTAN em suas fronteiras, e colocada contra a parede, invadiu a Ucrânia para salvar a população russa que vinha sendo martirizada no país, assim como para expulsar os fantoches americanos que a provocavam do outro lado da fronteira; 5 países africanos se sublevaram contra os países europeus. Podemos contar 6 se incluirmos o Mali, cuja expulsão dos franceses se deu em agosto de 2020, ou seja, um ano antes da vitória do Talibã, e não ficaria surpreso se este número aumentasse nos próximos meses; e por fim, e talvez o mais simbólico de todos, os palestinos disseram basta a Israel!

A vitória dos palestinos traz um gosto doce à boca. São 75 anos do mais vil genocídio, uma palavra que neste caso parece subestimar o que acontece na Palestina, que pode finalmente estar perto do fim.

Assim como fez com o Afeganistão, os países africanos e com a Rússia, a imprensa internacional pinta os palestinos como terroristas malvados, mas não conseguir encobrir o verdadeiro desespero das potências imperialistas. Até nos jornais mais capachos fica evidente a preocupação com esse marco “histórico e divisor de águas”.

Se no Afeganistão o imperialismo foi derrotado por fazendeiros, agora em Israel, o pilar de sustentação do imperialismo no oriente-médio, é o Hamas, simplesmente o partido mais votado na Palestina, que organizou os palestinos para pegar em armas contra a opressão. O fato de ser um partido organizado deixa ainda mais claro o esforço heroico da população palestina, que mesmo diante o mais brutal genocídio conseguiu juntar forças para agrupar em uma organização política, juntar os homens que restaram e enfrentar um Golias que parecia invencível.

Diante dessas sucessivas derrotas e demonstrações de fraqueza — isso porque não abordamos aqui a quantidade torrencial de crises políticas que os países imperialistas enfrentam internamento — o que futuro reserva para o imperialismo? Essa é uma pergunta muito difícil de resolver. O imperialismo já é a manifestação do estágio final do sistema capitalista, e desde a Revolução Russa, sai de uma crise para a outra sem muitos períodos de paz e tranquilidade. Mas podemos afirmar com relativa tranquilidade que estamos passando pelo período de maior fraqueza do imperialismo em décadas. Nenhum continente, nenhum canto do mundo está tranquilo neste momento. Os acontecimentos caminham para um grande desfecho, seja uma brutal reação da contrarrevolução, seja uma heroica vitória revolucionária, seja qual for o desfecho, o futuro promete.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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