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100 mil combatentes

Palestina: o que muda com escalada militar do Hesbolá

O aumento das ações do grupo libanês na palestina podem desequilibrar totalmente o conflito e aprofundar a crise em Israel

No último dia 3, o líder do Hezbolá, Hasan Nasrallah, fez um discurso em que afirma a possibilidade de um conflito mais amplo no Oriente-Médio, elogiou as ações do Hamas e ameaçou Israel com uma intensificação da ação do grupo na fronteira do sul do Líbano.

“O que está acontecendo na fronteira pode parecer modesto, mas é muito importante”, disse Hasan Nasrallah, sobre as ações do Hezbolá. E de fato é assim. Essas ações impedem que o Estado de Israel se concentre 100% no massacre em Gaza.

Mas qual é, de fato, a relevância do Hezbolá do ponto de vista militar?

Com as ações atuais, segundo o próprio Hasan Nasrallah em seu discurso, o grupo obrigou Israel a deslocar ao menos um terço das forças armadas para a fronteira com o Líbano. Além disso, metade de sua força naval também teve que ser deslocada para a região. 

De acordo com o grupo libanês, eles destruíram pelo menos nove tanques sionistas, deslocaram mais de 65 mil colonos sionistas, mataram 120 soldados e tiveram 59 baixas próprias.

É óbvio que, estrategicamente, as ações do Hezbolá estão impedindo que o exército israelense se concentre 100% em Gaza, o que alivia um pouco a situação dos palestinos. Ou seja, o aumento da ofensiva, que Hasan Nasrallah considera uma possibilidade real, poderia desequilibrar totalmente os planos sionistas em Gaza.

O arsenal do Hezbolá

O Hezbolá não é apenas um grupo militar, mas um partido político legal e o maior partido do Líbano. Isso dá ao grupo uma ampla gama de apoio que vai dos combatentes militares até partidários espalhados pelo mundo.

Além disso, o Hezbolá é apoiado aberta e publicamente pelo regime iraniano, que está modernizando com muita velocidade o seu arsenal militar. “Tudo o que o complexo militar-industrial iraniano tem para oferecer pode ser transferido para os combatentes do Hezbolá”, afirma notícia do portal RT de 10 de outubro. Um exemplo são os mísseis balísticos iranianos com alcance de 500 a 700 quilômetros, o que lhes permite atingir qualquer ponto em Israel.

Ainda segundo matéria da RT, “Há evidências de que nos últimos anos o Hezbollah adquiriu equipamento militar naval avançado, incluindo mísseis de cruzeiro anti-navio Yakhont e C-802, bem como submarinos UAV.”

Segundo a declaração do ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, o Hezbolá nunca esteve tão “perigoso”. Segundo informações dos próprios israelenses e norte-americanos, se em 2006, quando venceu o exército israelense, o Hezbolá contava com cerca de 5 mil membros, hoje contaria com 100 mil combatentes treinados.

Se Israel não conseguiu vencer o grupo naquele momento, por que venceria agora, que o Hezbolá tem 20 vezes mais membros e um arsenal muito mais moderno e poderoso?

Vejam que os números são dados pelos próprios israelenses e norte-americanos, ou seja, não se trata, de maneira nenhuma, de bravata dos líderes do Hezbolá.

Os números militares explicam a enorme crise política na região e o nítido receio que os israelenses apresentam em de fato ocuparem Gaza. Se o Hezbolá aumentar suas ações, a situação do imperialismo pode se complicar muito. Além disso, deve-se esperar os desdobramentos políticos no Irã e outros países do Oriente-Médio, como a Turquia. A intervenção desses exércitos poderosos pode terminar num verdadeiro desastre para Israel.

E por fim, o próprio arsenal militar do Hamas e demais grupos palestinos é avaliado por muitos especialistas como um problema para Israel. E o sucesso da ação de 7 de outubro provou isso.

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