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África

Países africanos estão se rebelando contra o imperialismo

Resultado da decadência do imperialismo.

Com a crescente aproximação dos países africanos da China e  Rússia, os Estados Unidos estão na ofensiva tentando não perder terreno. 

Em agosto/2022 Antony Blinken Secretário de Estado Norte Americano fez sua segunda visita oficial a países africanos, esteve em Níger e Etiópia; Em  dezembro aconteceu em Washington a cúpula EUA-África onde o presidente Joe Biden disse que os EUA estavam “totalmente envolvidos no futuro da África”; No início deste ano a secretaria do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, esteve no Senegal, Zâmbia e África do Sul; em fevereiro a primeira dama estadunidense Jill Biden, visitou a Namíbia; No domingo a vice-presidente Kamala Harris iniciou sua viagem de nove dias em Gana; e no final deste ano está programada uma viagem do presidente Joe Biden,  é uma verdadeira ofensiva e mostra que os EUA têm consciência de que precisam aprofundar seu envolvimento com o continente africano. 

Por outro lado, a necessidade dos EUA investirem tanto em visitas oficiais com pessoas influentes do governo, significa que cada vez mais os países africanos estão se rebelando contra o imperialismo. A dificuldade que a França está tendo com os países antes seus súditos, é outro indício dessa rebeldia. É importante lembrar que a partir da expulsão dos estadunidenses do Afeganistão, os outros países vítimas do imperialismo viram que existe a possibilidade de se libertarem também, e estamos vendo isso acontecer e crescer a cada dia. A crise do imperialismo cresce a olhos vistos. 

Em 19 de março aconteceu em Moscou a 2ª Conferência Parlamentar Internacional “Rússia – África, que contou com mais de 40 delegações oficiais de todo o continente, os assuntos tratados foram desde a cooperação russo africana até ao neocolonialismo ocidental. O evento que custou $69 milhões demonstrou como é sério o interesse da Rússia na região que mais cresce no mundo.  

Outro fato que mostra que países africanos estão se defendendo do imperialismo aconteceu no Chade, País que fica no centro-norte da África e que resolveu nacionalizar, isto é, tornar propriedade do governo todos os bens e direitos, incluindo licenças para a exploração e produção de hidrocarbonetos, que pertenciam a uma subsidiária da petrolífera norte-americana Exxon Mobil, no último dia 25/03. Essa decisão ocorreu após a Exxon Mobil declarar em dezembro/22 que tinha encerrado  a venda de suas operações no Chade e no Camarões, um exemplo a ser seguido.

Também é importante salientar que as relações dos países africanos com a China cresce devido ao real interesse que a China demonstra pelo desenvolvimento desses países, ao contrário dos exploradores imperialistas. Um exemplo foi o financiamento pela China da construção da Estação Hidrelétrica Kafue Gorge Lower situada no distrito de Chikankata, a cerca de 90 quilômetros de Lusaca. A obra foi  iniciada em 2015 e foram criados mais de 4 mil empregos na época, com a perspectiva de criação de mais 400 empregos agora que está em funcionamento. Além disso, o projeto também propiciou o desenvolvimento e criação de empregos em indústrias fornecedoras de aço e serviços de consultoria, enquanto a população local se beneficiou com o fornecimento de várias pequenas empresas, como a venda de alimentos para trabalhadores da construção e agora da estação Hidrelétrica em funcionamento. A eletricidade tira as populações da pobreza para proporcionar a todos um padrão de vida digno.

Enquanto China e Rússia demonstram um verdadeiro interesse em parcerias, os países imperialistas fazem visitas, cumprimentam com uma mão e esfaqueiam as costas com a outra.  

No Dia 23/03/23 durante uma audiência do Comitê de Serviços Armados da Câmara, onde se discute a “Postura Militar dos EUA e Desafios de Segurança Nacional no Grande Oriente Médio e África”,o general Michael Langley (líder do AFRICOM dos EUA), foi interrogado pelo congressista americano Matt Gaetz sobre o número de soldados africanos treinados pelos EUA e que depois lideraram golpes dentro de seu próprio país, contra o governo civil. O general acabou afirmando que os EUA “compartilham valores fundamentais” com esses líderes militares africanos treinados pelos EUA. 

áreas onde atuam as forças militares estadunidenses.

Também no mês de março o porta-voz de segurança nacional dos Estados Unidos John Kirby ameaçou Uganda com sanções caso o Projeto de lei contra as pessoas homossexuais, que é extremamente conservador, seja aprovado.  Segundo o Departamento de Estado americano, os Estados Unidos fornecem mais de US$ 950 milhões em ajuda à Uganda por ano, a fim de ajudar o país a enfrentar de forma sustentável as ameaças de saúde, especialmente o vírus HIV.  No entanto, o que realmente está por trás dessa ameaça de sanções parece ser a recente descoberta no país: um depósito de ouro de US$ 1 trilhão.

Os EUA não dão a mínima para os LGBT+, eles querem é saber do ouro. Ainda assim, qual é o sentido de ameaçar o país e colocar em risco a vida de milhares de pessoas, entre elas LGBT, que vão morrer sem acesso aos tratamentos de saúde, por exemplo, isto sim é autoritarismo e desumanidade.

Com essas poucas notícias fica fácil de compreender porque os EUA estão tão empenhados em conquistar a simpatia dos países africanos, mas pelo visto a “rebeldia” tende a crescer, pois os compromissos que os estadunidenses querem firmar com os africanos, não são “muito” favoráveis a eles.

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