Segundo a plataforma Trading Economics, a Venezuela é o país com a maior quantidade de reservas de ouro na região da América Latina. Ela possui cerca de 161 toneladas armazenadas no Banco Central da nação até o levantamento, feito em Setembro de 2022. Em segundo lugar está o Brasil, com 130 toneladas, e, depois, o México, com 120 toneladas de ouro.
No resto da lista está a Argentina, com 61,74 toneladas, a Bolívia, com 42,51, e o Peru, com 34,68. Já Uruguai, Chile, República Dominicana e Honduras não reportam nem mesmo uma tonelada de ouro de acordo com as estatísticas da plataforma.
A Venezuela teve de gastar quase metade das reservas que tinha entre 2015 e 2019, devido ao criminoso bloqueio econômico imposto pelo imperialismo que impede o país de fazer transações internacionais. Antes, Caracas possuía 360 toneladas de reserva.
Por outro lado, cabe ressaltar que, enquanto as reservas de ouro da Argentina e do México praticamente não sofreram alteração, a brasileira quase dobrou, passando de 67,36 toneladas, em meados de 2021, para 129,65 até setembro de 2022.
Dados como os apresentados nesta matéria deixam claro por que o imperialismo investe tanto tempo e dinheiro para invadir e controlar os países latino-americanos. São, literalmente e figurativamente, minas de ouro para as grandes potências, que tentam roubar todas as riquezas naturais da América Latina para não afundarem completamente na crise econômica que estão sofrendo.
Não é à toa que a comandante do Comando Sul dos Estados Unidos, Laura J. Richardson, exaltou as riquezas naturais da América Latina como estratégicas. A organização, apesar de declarar possuir boas intenções, age como uma força de intervenção militar nas Américas do Sul e Central utilizada pelo imperialismo para impor os seus interesses na região. Na mesma ocasião, Richardson chega a caracterizar a região latino-americana como um bairro dos EUA.
“60% do lítio do mundo estão na região [latino-americana]; você tem petróleo bruto pesado, você tem petróleo bruto leve, você tem elementos de terras raras, você tem a Amazônia […] você tem 31% da água doce do mundo aqui na região”, afirmou Laura mostrando, inclusive, o interesse do imperialismo na Amazônia.
Além disso, o acúmulo de ouro em reservas estatais, centralizadas pelo governo, representa o aumento da autonomia dos países oprimidos frente ao imperialismo. Isso porque, com uma boa reserva de ouro, enfraquece-se o poder do dólar, a principal moeda do imperialismo, na região, tornando-a mais autônoma por não precisar depender da moeda das grandes potências, que pode ter o seu valor manipulado ao bel prazer dos imperialistas.
Esses são alguns dos motivos pelos quais o imperialismo não quer que o Brasil tenha um governo minimamente soberano, que defenda os interesses do povo brasileiro e, portanto, a permanência de seu patrimônio no território nacional. É uma demonstração, também, de que a política defendida por Lula não interessa o imperialismo, pois é uma política que tende à defesa da soberania brasileira contra os países imperialistas, mesmo que extremamente limitada.
O governo Lula tem, portanto, a tarefa fundamental de defender o patrimônio nacional das garras dos abutres imperialistas que, em 2016, chegaram a derrubar o governo Dilma para roubar as riquezas de nosso País. Para tal, precisa não só fortalecer a economia brasileira, como também reverter todas as privatizações feitas pelo regime golpista que se instaurou no Brasil na última década.
Ademais, o presidente precisa combater as ONGs imperialistas em território nacional, pois são organizações imperialistas que visam infiltrar a política do imperialismo no Brasil para, posteriormente, assaltar o território nacional de suas riquezas.