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Quem vai "guilhotinar"?

Os Robespierres de sofá

Esquerda pequeno burguesa apresenta a tese de que a democrática está em ofensiva contra a direita e propõe sem nenhuma mobilização popular punir os militares pelos ataques golpista

Após a invasão de grupos de Bolsonaristas ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia oito de janeiro criou uma nova categoria de militantes da esquerda: os Robespierres de sofá. Lembrando que Robespierre foi um dos principais responsáveis pela execução do rei Luis XVI e da rainha Maria Antonieta durante a Revolução Francesa.

Isso porque após a invasão e a destruição de fachadas de vidro, portas e obras de arte determinados setores da esquerda estão pedindo a “cabeça” de generais que articularam o golpe e sem propor nenhuma medida de mobilização popular, apenas pela institucionalidade como Alexandre de Moraes, Ministério da Justiça e até a proposta de Lula tomar essa decisão.

A ideia é completamente fantasiosa porque não há a menor possibilidade de se “cortar a cabeça” de um militar em um país da América Latina. Que diz isso não tem a menor ideia do que está falando, não tem conhecimento sobre os países da América Latina e sua história, apresentando essa fantasia absurda e muito perigosa.

Estão apresentando que após a invasão, estão sendo tomadas medidas para combater o fascismo e a extrema direita, e que a democracia, que ninguém apresenta o que é, está numa ofensiva contra os fascistas no Brasil. Uma verdadeira loucura política!

As medidas tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes e pelo ministro Flávio Dino apenas estão ocultando o verdadeiro caráter da situação, pois quem está na ofensiva é a direita e não as supostas “forças democráticas”.

A situação é extremamente grave e implantou uma enorme crise dentro do recém-empossado presidente Lula e que tenta contornar essa situação. Dois exemplos revelam isso. O primeiro é que pediram a “cabeça” do Ministro da Defesa, o bolsonarista José Múcio, onde Lula afirmou que não será demitido e o outro exemplo é o artigo assinado pelo articulista da Rede Globo, Merval Pereira onde afirma que é “Tempo de rigor e cautela” e que a retirada do ministro significaria “esticar a corda na relação com os militares”. Ou seja, ninguém vai ser decapitados pelos Robespierres de sofá, nenhuma cabeça vai rolar e quem está na ofensiva é a direita e não a suposta democracia.

Setores do PT que formularam e propagandeiam essa tese não mostram que as direções do PT não formulam uma política e tentam mobilizar em torno dessa proposta, apenas se reúnem entre quatro paredes, alardeiam uma política reacionária e institucional, e que não resulta em absolutamente nada. Outro exemplo é que após o episódio querem a saída do general que está no comando Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Gonçalves Dias e também do militar no comando da Abin. O que foi vetado pelo Ministro da Defesa.

A tese de que há uma ofensiva contra a direita é uma ficção. É tão fantasiosa que até a escolha do Ministro da Defesa foi apresentada pelos militares bolsonaristas. E ainda dizem que é preciso cortar a “cabeça” dos militares e que está é a hora!

Neste momento o governo semi-paralisado e não tem a menor condição de investir contra os militares. No Brasil, num regime político normal e sem uma grande crise e mobilização popular, o governo Lula não tem força para uma ofensiva contra os militares.

Os militares são um poder a parte, é o quarto poder dentro do Estado com a diferença que possuem um poder que se coloca sobre todos os poderes da República, pois possuem tanques de guerra e fuzis. Um bom exemplo disso é que os militares brasileiros durante quase 20 anos mataram, roubaram, torturaram, golpes de estado na América Latina nos anos de chumbo e quando acabou o regime militar. E com o povo na rua extremamente revoltado com a situação e não houve uma única punição.

É um erro e semear uma ilusão entre a população sobre a tese apresentada de “ofensiva da democracia” e que a própria burguesia vai punir os militares. A burguesia não vai “decapitar” as forças armadas porque seria um suicídio político para ela mesma.

O que ocorre é o completo oposto. A única maneira de reverte esse quadro político é iniciar a mobilização popular contra qualquer possibilidade de golpe ou tentativa de desestabilização do governo.

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