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Roberto França

Militante do Partido da Causa Operária. Professor de Geografia da Unila. Redator e colunista do Diário Causa Operária e membro do Blog Internacionalismo.

Imperialismo e terrorismo

O sionismo e o terror

O sionismo é um movimento imperialista que visa, a partir da polarização com o islamismo, impor a dominação territorial sobre o Oriente Médio. Não é um movimento judaico.

Israel lançou um ataque a um hospital em Gaza. Essa é mais uma demonstração de que o território sionista existe para impor terror ao mundo árabe, sendo o ápice da limpeza étnica e todo racismo do sionismo e de como o imperialismo norte-americano planeja a destruição da região para impor seus interesses.

A predestinação de Israel a ser um território maligno e criminoso vem dos propósitos de colonização. Apesar do chamado holocausto judeu, que dizem que foram assassinados cerca de 6 milhões, os Rothschilds, que controlavam o mundo, tinham grande interesse em ter um Estado para exercer seus domínios no Oriente Médio.

Esse interesse dos Rothschild atravessou dinastias da família e se materializou após a Declaração de Balfour, documento no qual o Reino Unido  respalda pela primeira vez “o estabelecimento de um lar nacional para o povo judeu na Palestina”. O documento simboliza o interesse do imperialismo e é pedra fundamental de Israel como Estado para os judeus e, ao mesmo tempo, uma “grande traição” na visão dos palestinos.

“Caro Lord Rothschild,

Tenho o grande prazer de endereçar a V. Sa., em nome do governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações sionistas, declaração submetida ao gabinete e por ele aprovada:

`O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional para o Povo Judeu, e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não-judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país´

Desde já, declaro-me extremamente grato a V. Sa. pela gentileza de encaminhar esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista.

Arthur James Balfour.” 2 de novembro de 1917.

Essa é a prova cabal do poder econômico dos sionistas e seu poder arbitrário sobre os territórios, desde a criação da Companhia das Índias Orientais, um grande empreendimento voltado à colonização e escravização de pessoas, exploração de territórios, agiota do sistema financeiro internacional com o banco HSBC e tráfico de drogas na guerra do Ópio. 

A criação da sionista Israel coroaria o ímpeto do imperialismo em impulsionar a colonização a seu modo, implantando nos territórios o seu próprio método. Para isso criou uma série de mitologias para justificar a ocupação, sendo uma delas a que a Palestina era um vazio e que os judeus eram sem-terra.

A ideia de “povo eleito” foi implantada ao longo dos anos até o uso do holocausto como suposta forma de reparação. Quando na realidade era uma forma de entronização e de abuso ao povo palestino. Portanto, os crimes da Segunda Guerra Mundial continuariam com outro povo, agora os sionistas, que se pretendem judeus.

Aqui é preciso deixar claro. As entidades judias não tem nada a ver com esse terrorismo todo, mas o sionismo, que é uma doutrina de extrema-direita que visa um Espaço Vital para o povo judeu, centrada no território da Palestina. O criador do movimento sionista é Theodor Herzl, considerado o “Visionário do Estado de Israel”, mencionado na Declaração de Independência, também é conhecido como “o pai espiritual do Estado judeu”, que deu concretude ao movimento sionista.

Em seu livro intitulado “O Estado Judeu”, Herzl propõe:

Entre as objeções importantes, figura a de que a miséria dos judeus não é a única do mundo. Eu creio que, em todo caso, devemos por mãos à obra para fazer desaparecer um pouco da miséria, ainda que se trate, por enquanto, somente da nossa própria. Além disto, pode-se dizer que não devemos introduzir novas diferenças entre os homens nem erigir novas barreiras, mas que, em vez disto, deveríamos fazer desaparecer as antigas. Estou convencido de que aqueles que pensam assim são amáveis sonhadores: mas o pó de seus ossos terá sido dispersado pelos quatro ventos enquanto a ideia da pátria ainda florescerá. A fraternidade universal não é sequer um belo sonho. O inimigo é necessário para os mais altos esforços da personalidade. Como? Dado que os judeus já não terão nenhum inimigo em seu próprio Estado e como, vivendo folgadamente, se debilitariam e deteriorariam, justamente então o povo judeu iria desaparecer por completo? Creio que os judeus sempre terão muitos inimigos, como qualquer outra nação. Mas, quando estiverem radicados em sua própria terra, jamais poderão ser dispersos pelo mundo inteiro. Não se pode repetir a diáspora enquanto não se destruir toda a cultura deste mundo. A cultura atual dispõe de recursos suficientes para se defender“. (grifos nossos)

Herzl, detinha um plano que foi posto em prática baseado na pilhagem e no saque de todos os recursos do povo judeu do mundo inteiro:

“A Jewish Company se encarregará da liquidação de todas as fortunas dos judeus imigrantes e organizará a vida econômica no novo país. Como já se disse, a emigração dos judeus não deve ser concebida como repentina, mas será um processo gradual, que durará décadas. Primeiro, irão os mais pobres e lavrarão pela primeira vez a terra. Seguindo um plano preestabelecido, construirão estradas, pontes, ferrovias e uma rede telegráfica, regularão os cursos dos rios e estabelecerão eles mesmos seus lares. Seu trabalho criará, inevitavelmente, possibilidades de comércio; o comércio fará surgirem mercados, e os mercados atrairão novos imigrantes para o país. Todos chegarão por vontade própria, por sua própria conta e risco. O trabalho que investirem na terra fará o valor da mesma subir. Os judeus não tardarão em dar-se conta de que se abriu diante deles um campo novo e duradouro, onde poderão exercitar seu espírito empreendedor, que até então havia sido odiado e desprezado”. (HERZL, 1997).

O Protocolo Herzl também prepara o momento para organizar o novo Estado, com base em adesão de outros Estados e ter soberania contra o antissemitismo e garantias oficiais para organizar as suas livres formas de exploração, e intenção de impor a cultura judaica ao mundo, não somente deu entorno:

Então, se os governos se mostrarem dispostos a conceder ao povo judeu a soberania de algum território neutro, a Society entabulará discussões sobre o território que haverá de ser tomado como possessão. Dois países devem ser levados em consideração: Palestina e Argentina. Em ambos os países foram feitos notáveis tentativas de colonização, baseadas no princípio equivocado da infiltração paulatina dos judeus. A infiltração tem que acabar mal, pois chega inevitavelmente o instante em que o governo, sob a pressão exercida pela população que se sente ameaçada, proíbe a imigração de judeus. Por conseguinte, a emigração só tem sentido quando sua base for nossa soberania garantida. A Society of Jews entabulará negociações com as atuais autoridades supremas do país, e sob o protetorado das potências europeias, se a estas o assunto parecer plausível. Podemos proporcionar enormes benefícios ao atual governo, assumindo uma parte das dívidas públicas, construindo vias de comunicação, que nós mesmos precisamos, e muitas outras coisas. Mas o simples nascimento do Estado judeu será proveitoso para os países vizinhos, posto que, em larga ou em pequena escala, a cultura de uma região eleva o valor das regiões que a rodeiam“. (HERZL, 1997, grifos nossos).

Em todo manual se encontrará a planificação da economia, com base na exploração máxima do trabalho, mas travestida em benfeitorias aos trabalhadores que ele chama de “braçais”, até mesmo estabelecendo jornada de trabalho de 7 horas, mas deixando claro que os trabalhadores braçais não participam da vida política do país e está livre para ampliar a jornada de acordo com a demanda, já que a Jewish Company é uma sociedade por ações que visará ampliar a capacidade de comunicações e mobilização da força de trabalho para sustentar a burocracia do Estado, livre para o empreendimento.

Toda essa elaboração é praticada em Israel. Fica claro que a doutrina sionista visa eliminar o povo palestino e promover uma limpeza étnica. Portanto, o sionismo é terrorismo puro, Que, embora se esconda sob o rótulo de um movimento judaico, não passa de uma doutrina colonizadora, de limpeza étnica dos palestinos, que visa impor sua doutrina em toda a região do Oriente Médio, movido pela indústria bélica e pelo lobby sionista.

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