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O Identitarismo Golpista

O que foi o caso Moïse Kabagambe?

Após um ano do assassinato brutal de Moïse Kabagambe nada aconteceu: nem o processo andou e muito menos qualquer melhoria para o negro. O identitarismo é a traíra do movimento


Há um pouco mais de um ano, no dia 24 de janeiro de 2022, o imigrante congolês, Moïse Mugenyi Kabagambe, foi morto a pauladas no quiosque Tropicália, Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. O assassinato brutal ocorrei, pois o rapaz prestava serviço – sem um vínculo empregatício direto – e ao cobrar o pagamento que lhe era devido, foi surpreendido pela ação do dono do estabelecimento e mais duas pessoas. O linchamento foi filmado e divulgado nas redes sociais. Os três homens que assassinaram aguardam decisão da Justiça para saber se vão a júri popular ou não.

O caso poderia ter sido um estopim para uma mobilização dos negros contra a polícia e pautas reais de reivindicação, visto que, estamos todos os dias vivenciando chacinas contra a população pobre e negra. Contudo, a burguesia através da sua imprensa logo tomou conta do assunto nas páginas de jornais, sabotando o movimento juntamente com os identitários. Foram realizadas passeatas, vigílias, contudo nada de concreto para o povo negro foi conseguido. As pautas dos movimentos identitários são de um caráter puramente moral e reacionário, como mudança de vocabulário, reanálise cultural e promoção de alguns empregos de alto nível, o que promove ainda mais a burguesia assassina. Nada de esclarecedor e muito menos de real. As pautas identitárias, oriundas da própria burguesia e do imperialismo, fazem com que milhares de negros continuem na mesma miséria de sempr sendo diariamente exterminados pelos aparatos repressivos do estado. Uma política de aparência e capitulação dos movimentos sociais dos negros.

A amostra mais real são os fatos: logo após os acontecimentos os movimentos identitários negros foram para as ruas cobrar “justiça”. Na prática, após 1 ano, o depoimento do primo de Moïse deixa claro: “Não temos informação de quando será o julgamento, de como está o andamento do processo”. Também o irmão mais velho de Moïse, Maurice Magbo Mugenyi, coloca: “A gente tenta se levantar, mas é difícil. O que a gente espera é justiça. Minha mãe está sofrendo, minha família está sofrendo. Temos fotos, vídeos, provas, tudo… O que mais falta?”.

É notório que logo após a promoção do caso, a burguesia depois de ter cooptado os movimentos, fez questão de ocultar novamente o caso que a família não tem nem o mínimo conhecimento do andamento do processo e nem existe uma data marcada para qualquer julgamento. Mesmo que em um futuro longínquo alguma ação seja tomada, de nada mudará a situação do negro, ou de fato, ainda surgirão motivos para mais repressão. Sendo também, que os juízes e promotores são um dos setores que mais persegue os negros.

E imediata que os movimentos negros reajam com um conjunto de pautas como o Fim da Polícia Militar, isonomia salarial, salário mínimo digno para todos, etc. Os movimentos identitários organizados pelo imperialismo servem para manter a população negra na miséria criando uma falsa ideia de progressismo, uma arapuca para a base do movimento, visto que a burocracia está comprada. A crise do capitalismo é enorme e mais uma vez querem que os trabalhadores paguem por ela. Só o completo fim do capitalismo pode eliminar as bases de exploração. A revolução social é a emancipação completo do negro, fora isso, apenas conversa.

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