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Direto de Brasília

O cercadinho da UJS no Congresso da UNE

Estudantes são tratados como inimigos pela diretoria da UNE

Entre os dias 12 e 16 de julho, está acontecendo, em Brasília, o 59º Congresso da UNE, o Conune. O evento reúne jovens de todo o País e tem como objetivo não só discutir política e, consequentemente, o rumo da luta da juventude brasileira, como também eleger a nova direção da maior entidade estudantil do Brasil.

O Congresso ocorreu em dois locais principais: a Universidade de Brasília (UnB) e o Ginásio Nilson Nelson. No segundo dia de evento, já no ginásio, a organização do Conune montou um esquema pesado de revista na entrada do ato, marcado para as 18h da quinta-feira (13).

Em primeiro lugar, duas filas foram montadas. Uma livre para qualquer um e outra de acesso exclusivo às pessoas que estivessem com uma pulseira branca, cedida pela própria organização. Mais tarde, a pulseira tornou-se obrigatória para a entrada, apesar de o local não ter atingido nem perto de sua capacidade máxima.

E qual o critério para receber tais pulseiras? Ninguém sabe ao certo. Um dos presentes relatou à equipe do Diário Causa Operária (DCO) que os seguranças do local afirmaram que o Conune era “um evento fechado”. Utilizando essa desculpa esfarrapada, distante da realidade, para negar pulseiras àqueles que queriam entrar no ginásio.

As filas, que já estavam longas desde a abertura do ginásio, levavam os jovens para uma série de detectores de metal. Do outro lado, agentes de segurança com detectores portáteis, vistoriando os que acionaram o primeiro detector de metais. Nesse momento, quando a pessoa colocava seus pertences em uma mesa de plástico ao lado dos detectores, os seguranças forneciam uma extensa lista de objetos que não podiam entrar no ato.

E quais eram as perigosíssimas armas que poderiam causar danos seríssimos à vida dos jovens presentes? Garrafas de água, esqueiros, desodorantes, giletes, cortadores de unha, embalagens de protetor solar, frutas e, conforme flagrado pela equipe do DCO, até mesmo uma marmita de isopor. Segundo apuração deste Diário, a justificativa para uma restrição tão forte como essa era a de proibir qualquer objeto que pudesse ser arremessado.

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