Segundo o estudo Síntese de Indicadores Sociais 2023, divulgado na última quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, a população ocupada branca recebeu um rendimento-hora 61,4% maior que o da população negra. Entre as pessoas com nível superior completo, os brancos recebem 37,6% mais do que os negros.
Além disso, os negros correspondem a 46,6% dos trabalhadores informais no Brasil em 2022. Ao mesmo tempo, os trabalhadores informais brancos são 33,3%. Ainda segundo a pesquisa do IBGE, trabalhadores negros predominam em empregos com rendimento médio menor: são 62% na Agropecuária; 65% na Construção; 66% nos serviços domésticos.
Os dados em questão mostram que, no Brasil, a maioria dos pobres são negros. Esses números são resultado disso, e não simplesmente do fato de que uma pessoa, só por ser negra, será necessariamente mais oprimida que uma pessoa branca. O que mais importante é a classe, trata-se de um efeito predominantemente econômico.
Nesse sentido, para terem melhores condições de vida, para terem melhores salários, a única alternativa para os trabalhadores negros é travar uma luta política contra os capitalistas. Esse é o principal inimigo dos oprimidos.