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Contraofensiva

Mortes de integrantes da luta pela terra cresceu 30,55% em 2022

O momento é de resposta às ações contra os trabalhadores do campo e os ataques à terra e à agua feitos pela burguesia e os latifundiários

Em 2022, o Centro de Documentação da CPT registrou 2.018 ocorrências de conflitos no campo, envolvendo 909.450 pessoas e 80.165.951 hectares de terra em disputa.  Uma média de um conflito no campo a cada quatro horas. A matéria que segue é um relato dos dados divulgados pela CPT, Comissão Pastoral da Terra, com posterior análise deste Diáro.

Martírio

No campo brasileiro, 47 camponeses e camponesas foram assassindos, um aumento de 30,55% em relação a 2021 (36) e 123% em comparação com 2020 (21).  As tentativas de assassinato atingiram 123 pessoas, um número 272,72% maior que as 33 registradas em 2021 e o maior registrado pela CPT no Século XXI,

Conflitos pela terra e pela água

Do total de conflitos no campo, 1.572 foram ocorrências de conflitos por terra, um número 16,7% maior que o de 2021. Os mais atingidos foram os povos indígenas (28%), famílias posseiras (19%), comunidades quilombolas (16%), sem terras (11%) e famílias assentadas da reforma agrária (9%). Também foram registradas 225 ocorrências de conflito pela água.

Trabalho Escravo

Em 2022, foram registardos 207 casos de trabalho análogoo à escravidão no campo, com 2.615 pessoas envolvidas nas denúncias e 2.218 resgatadas. O agronegócio segue sendo o principal responsável pela prática criminosa no Brasil. O setor sucroalcooleiro foi o campeão, com 523 pessoas resgatadas.

Não se tem ainda informações sobre mudanças que possam ter havido para as pessoas evolvidas nesses fatos e novas ocorrências, a imprensa burguesa sempre escondeu os dados sobre os conflitos e mortes no campo. A burguesia é contra o trabalhador do campo e apoia a repressão do Estado e dos latifundiários sobre os trabalhadores do campo e dos povos originários. 

O que podemos analisar é o crescimento de 2021 para 2022, igualmente como tem acontecido nos anos anteriores, se nenhuma atitude radical for tomada pelo estado a tendência é a de permanência no crescimento das mortes e da violência contra os trabalhadores e contra a natureza, e nenhuma informação sobre uma atitude radical por parte do governo foi anunciada e demonstrada como eficaz.

Como a luta tem se mostrado acirrada conforme os dados expostos, o caminho mais correto a ser tomado pelos trabalhadores do campo é a intensificação  das ocupações de latifúndio e criação de comitês de defesa onde se discuta e se proponha imediatamente uma maneira eficaz dos trabalhadores serem protegidos em sua vida.

As instituições de justiça e de polícia já se mostraram todos esses anos que estão disponíveis para a defesa do latifúndio, deixando os trabalhadores em total abandono. Os comitês de defesa têm que colocar em prática ações contra a ofensiva dos latifundiários com a mesma intensidade de violência, ou ainda maior, do que a praticada por eles.

O discurso de paz e o identitarismo não vão proteger o trabalhador, não foram criados para isso, foram criados pelo imperialismo para facilitar o domínio das burguesias locais sobre os trabalhadores; somente a organização e uma contra-ofensiva armada, por parte dos próprios trabalhadores do campo vão garantir a vitória sobre o opressor. 

O governo já mostrou que tem grande parte de seu quadro formado pela burguesia e por elementos dominados pela burguesia e pelos antigos defensores do latifúndio, não se pode esperar pelo governo. A tal ponto que o próprio presidente Lula tem se manifestado pedindo a ação da classe trabalhadora no suporte às propostas de seu governo.

É hora de o trabalhador do campo se colocar em sua própria defesa e se organizar para promover novas ocupações e em maior intensidade que nos anos anteriores, enfrentando os agressores com o mesmo tom de violência.

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