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São Paulo

Moradores de Ermelino Matarazzo denunciam descaso total

Um grupo que representa moradores do bairro de Ermelino Matarazzo denunciou o descaso da prefeitura em relação às enchentes

Um grupo que representa moradores do bairro de Ermelino Matarazzo, que fica em uma região periférica da Zona Leste da capital paulista, entrou na Justiça para que a prefeitura da cidade apresente um plano de contenção de alagamentos, além de uma série de medidas de zeladoria.

A ação, ajuizada pelo Instituto Padre Ticão, destaca alagamentos de grandes proporções registrados no último dia 13 de março, que causaram prejuízos financeiros e ofereceram enormes riscos à população de Ermelino Matarazzo.

O instituto lembra que o Ministério Público acionou e a prefeitura tomou medidas contra as enchentes após a morte de uma mulher idosa no bairro nobre de Moema, Zona Centro-Sul da cidade, no último dia 8. O objetivo é buscar tratamento semelhante. 

ONG vai à Justiça exigir que prefeitura de SP tenha plano para combater enchentes na zona leste

Laudo emitido por uma empresa de arquitetura mostrou que a água subiu a níveis próximos de 1,2 metro. Mesmo residências e edifícios comerciais que têm comportas tiveram prejuízos, já que geralmente essas estruturas têm cerca de 1 metro de altura. E não foi a primeira vez que algo do tipo aconteceu.

Por isso, a ação pede que a prefeitura providencie a instalação de bocas de lobo, canais de escoamento e tubulações; elabore projetos específicos para as áreas mais afetadas pelos alagamentos em Ermelino Matarazzo e realize serviços de manutenção nos dispositivos já existentes, mas que se encontram danificados.

“Não dá para normalizar, na periferia, que a água chegue a 1,2 metro acima do nível da rua, arrastando carros, invadindo comércios, alagando carros e deixando um cenário de caos e abandono para o morador”, afirma o professor de educação básica Douglas Samoel, morador de Ermelino Matarazzo, membro do Instituto Padre Ticão.

Brasil de Fato entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo e não recebeu retorno. Caso haja resposta, este texto poderá ser alterado.

“São quatro milhões de pessoas na Zona Leste. Não é possível que nós só sejamos lembrados em período eleitoral. Cadê o poder público? Cadê as políticas públicas?”, pergunta Douglas Samoel.

Quem foi Padre Ticão?

Padre Ticão, que dá nome ao instituto que acionou a Justiça, morreu no dia 1º de janeiro de 2021, após uma vida dedicada a apoiar os movimentos populares. Nascido na cidade paulista de Urupês com o nome de batismo Antonio Luiz Marchioni, chegou à capital do estado nos anos 1970.

Nos primeiros momentos de sua atuação política, apoiou greves dos chamados bóias-frias e de professores na região de Araraquara. Já nos anos 1980, participou da ocupação de um prédio da Secretaria de Estado da Habitação, em movimento para pressionar o então governador Franco Montoro a construir conjuntos habitacionais.

Na Zona Leste da capital paulista, teve papel relevante liderando movimentos para criação do Hospital de Ermelino Matarazzo e na implantação de um campus da Universidade de São Paulo, conhecido como USP Leste.

Fonte: Brasil de Fato

* Os artigos aqui reproduzidos não expressam necessariamente a opinião deste Diário

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