De acordo com números da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, 2.575 pessoas foras resgatadas de trabalhos análogos à escravidão no ano passado, o número representa um terço a mais do o registrado no ano de 2021. Dentro desse número, 35 era crianças e adolescentes.
Foram feitas 462 fiscalizações, com registros de mais de R$8 milhões em verbas salariais e rescisórias. Esse valor pode ser modificado, já que ainda há ações acontecendo.
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel identificou trabalho escravo em 17 estados do país. Dos 20 estados que receberam a fiscalização, somente Amazonas, Alagoas e Amapá não registraram casos de escravidão.
O lugar onde houve mais ações foi Minas Gerais, onde houve mais de mil trabalhadores resgatados, com destaque para a cidade de Varjão de Minas, na qual 273 pessoas foram encontradas em condições precárias numa atividade de cana-de-açúcar.
Segundo dados do seguro-desemprego, nove em cada dez pessoas era homens, um terço estava na faixa-etária entre 30 e 39 anos, sendo mais da metade de origem nordestina. Além disso, aproximadamente, 80% dos trabalhadores eram pardos ou negros.