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Ministério da Fazenda

Lula tem que colocar um cabresto em Haddad

O Ministro da Fazenda Fernando Haddad quer agradar aos bancos e à população de classe média. Lula deve controlar Haddad pela sua própria sobrevivência

Lula e Haddad

O início do governo Lula é marcado por diversas contradições em sua estrutura. Desde ministros bolsonaristas, ligados ao União Brasil, que ocupa três ministérios, até setores tradicionais golpistas como Simone Tebet do MDB. 

Lula usou a estratégia de manter os principais ministérios com o PT, como, por exemplo, os ministérios do Trabalho, Fazendo e a Casa Civil. Contudo, mesmo dentro do PT, partido fundado por Lula e a militância de esquerda da década de 80, foram se infiltrando elementos direitistas que conseguiram galgar postos importantes, como Wellington Dias e o atual ministro da fazendo Fernando Haddad. 

Haddad tem um histórico de ministro da Educação no Governo Dilma, entre 2005 e 2012, e Prefeito de São Paulo no período de 2013 a 2017. O próprio Lula o considerou como um tucano dentro do PT por sua política extremamente moderada e mesmo neoliberal. Por causa disso foi recebendo um certo apoio da imprensa e da burguesia, em sua luta para transformar o PT em um novo PSDB. Seu status atual é, em parte, graças ao moral que recebeu de Lula, e, em parte, ao que recebeu da burguesia. 

O atual ministro da Fazenda, nos seus dois meses à frente do Ministério, até o momento não conseguiu efetivar nenhuma mudança significativa na economia. De fato, aconteceu o contrário, quando publicamente Haddad fez campanha para a retomada do imposto sobre os combustíveis, antes mesmo de um ajuste da política de preços da Petrobrás. O resultado foi um aumento do preço dos combustíveis na bomba para o trabalhador e uma primeira medida impopular.

Haddad também disse que 60 milhões de brasileiros que ganham até dois salários mínimos terão até o meio do ano três boas notícias: a primeira seria o aumento do salário mínimo, a segunda é a tabela de isenção do imposto de renda, que subiu para a faixa de dois salários depois de cinco anos sem correção, e o terceira é o início de funcionamento do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas que o governo está lançando.

Vê-se por uma declaração dessas que Haddad consegue achar que um aumento de R$ 18 reais no salário mínimo poderia ter algum impacto social real. Nas próximas semanas, Haddad pretende lançar o novo arcabouço fiscal para pressionar o Banco Central de Campos Neto a reduzir os juros na próxima reunião do Comitê de Política Econômica (Copom). A ministra direitista do planejamento, Simone Tebet, afirmou que tanto o mercado quando a população irá gostar da medida, o que de fato é impossível, pois são interesses completamente antagônicos. 

O desenrolar de Haddad no Ministério mostra uma tendência direitista sobre a qual que Lula deverá intervir. Deixar Haddad livre é deixar o governo ter uma política econômica ao estilo Gabriel Boric no Chile, que advogou pela manutenção da independência do Banco Central daquele país (iniciada sob Pinochet).

O Governo Lula precisa de medidas nesta área em caráter de urgência, caso contrário terá um enfraquecimento ainda maior e um possível golpe.

O ministério de Lula já possui diversos cavalos de Tróia. O principal ministério, que lida com o dinheiro do Estado, não pode enveredar para a direita.

Lula deve imediatamente dar um “cavalo de pau” e estabelecer um controle sobre a atividade de Haddad. Medidas de impacto são necessárias, a população trabalhadora que elegeu Lula tem pressa e fome e os golpistas estão de olho no dinheiro do estado.

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