O líder quilombola, Luis Fernando de Jesus Santana, foi morto a tiros no sábado (18), no centro de Santa Cruz de Goiás, no sul do estado. O líder também era o presidente da Comunidade Quilombola Mucambo, segundo a Polícia Militar, Santana foi baleado dentro de casa.
“Um jovem que o lema era justiça e a equiparação racial. Fundou e presidiu a Associação Quilombola do Mucambo. Admirador e pesquisador de nossa história e cultura. Deixa em nosso município um legado inesquecível”, diz nota de pesar da prefeitura.
O presidente da comunidade tinha apenas 24 anos, foi assassinado em sua cama, enquanto dormia. O suspeito do assassinato de Luis já foi capturado pela polícia, mas não teve seu nome revelado.
Corre a notícia de que o preso tenha envolvimento com o tráfico de droga na cidade. Porém, não se sabe pois o suspeito continua incógnito. Na maioria das vezes esses crimes têm motivação política. Não se pode descarta que a justiça queira camuflar o caso.
Líderes quilombolas e indígenas são assassinados aos montes no Brasil devido ao conflito com o latifúndio. Porém, a polícia que na maioria dos casos sabe quem são mandantes ou os suspeita dos casos, tenta passar a versão que o crime teve uma motivação torpe.
Os latifundiários promovem não apenas a miséria no campo mas milhões de mortes. Infelizmente, o líder quilombola é mais um para a estatística da política que mata.
Diante disso, é preciso que os trabalhadores do campo organizem os comitês de autodefesa, pois poderiam ser evitada diversas mortes, é preciso que líderes como Luís tenham segurança dos próprios companheiros de luta, pois a polícia está do lado do latifúndio.
Somente a organização dos trabalhadores vai diminuir as mortes no campo e na cidade. Como está sendo expressada a investigação, no final o líder será culpado de sua própria morte, principalmente porque sugeriram que o assassino tem envolvimento com o tráfico de drogas