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Porto Seguro/BA

Justiça manda despejar 700 famílias pobres em Trancoso

Em mais uma decisão criminosa, justiça da Bahia quer despejar 700 famílias para beneficiar grileiros de terras públicas no distrito de Trancoso

O distrito de Trancoso, município de Porto Seguro (BA), está sendo palco mais uma vez de um episódio de despejo de famílias pobres para favorecer empresários milionários que grilam terras valorizadas na região. 

Mais uma vez o alvo são as famílias que ocupam a Fazenda do Mirante do Rio Verde. As famílias sob a bandeira do Movimento Asterras e desde 2020 vem sofrendo com constantes ameaças de despejo e da polícia militar e civil da região contratadas por grileiros.

Hoje são aproximadamente 700 famílias que estão dentro da área grilada, uma boa parte está na área há mais de 15 anos e possuem construção de alvenaria, poços e roças para viver e morar no local.

Sob a ordem de despejo de um conhecido juiz na região, o juiz da grilagem Fernando Paropat, as famílias têm até o dia 11 de julho para sair do local ou haverá o despejo com força policial. Fernando Paropat é conhecido na região por dar ordens de despejo sem averiguar a veracidade da documentação do proprietário, histórico de grilagem e outros pontos, sempre atuando em favor dos grileiros e podemos elencar uma série de ordem de despejos em que a documentação apresentada pelo suposto dono não possuía nenhuma veracidade. Projeto Mangabeira, Tropa Costeira, Trevo de Trancoso, Fazenda Tabatinga entre muitas outras são exemplos da atuação do juiz grileiro.

Grileiros de luxo

A Fazenda Mirante do Rio Verde ocupa mais de 100 hectares em área nobre de Trancoso e muito próxima da praia. Há uma disputa na justiça entre supostos donos da área, o que evidencia o processo de grilagem da Fazenda em questão. Aloysio Soares Martins, suposto proprietário, é um grileiro da região que nunca colocou os pés na Fazenda e que apenas utiliza a área para especulação e obtenção de créditos.

O Banco do Brasil tem um processo na justiça contra Aloysio Soares por utilizar a área como garantia de um empréstimo milionário e que após obter, nunca pagou. Mas o banco não consegue arrecadar a fazenda para pagamento da dívida devido ao problema de documentação fundiária.

Segundo o cartório do município, Aloysio adquiriu a fazenda de outro grileiro muito conhecido na região, talvez o maior deles, o Cônsul de Portugal, Moacyr Andrade, que teria grilado a área de proprietários locais muito antigos.

Até os dias atuais há uma disputa judicial entre os grileiros da Fazenda Mirante do Rio Verde, o que já poderia caracterizar como uma área grilada e que deveria estar nas mãos do estado.

É preciso resistir e impedir o despejo!

Polícia Militar e autoridades da prefeitura estão trabalhando para os grileiros e procuram de todas as maneiras retirar as famílias do local custe o que custar. Há vídeos sobre reuniões que os policiais realizam assembleias com promessas apresentadas pelos grileiros e seus representantes e que pedem para que todos desliguem as câmeras para não serem filmados.

A farsa é tamanha que o comandante da PM diz que estão lá a mando do próprio governador Jerônimo Rodrigues e que ele pede para as famílias saírem do local. O judiciário já mostrou de que lado está.

Todo o histórico de grilagem e do judiciário local acobertar grileiros e perseguir a população pobre e trabalhadora é preciso impedir da maneira que for necessária o despejo de 700 famílias que ocupam a Fazenda Mirante do Rio Verde.

É preciso denunciar essa situação e dar total apoio às famílias para impedir a ação criminosa de jogar 700 famílias nas ruas para beneficiar ricos grileiros de terra em uma das regiões mais valorizadas do país.

Veja imagens da ocupação:

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