A violência do estado genocida de Israel não atinge somente os civis inocentes palestinos e os membros de sua resistência armada, jornalistas que cobrem os ataques também foram vítimas da agressão israelense.
De acordo com diversos órgãos de imprensa os números variam entre 21 e 22 jornalistas entre os mais de 4 mil mortos desde a ofensiva do Hamas. A CPJ (comitê para a proteção de jornalistas), afirma que pelo menos 22 jornalistas morreram até agora.
Nem mesmo os israelenses foram poupados. Dentre os mortos estão 18 palestinos, um libanês e três israelenses. Além dos mortos, ainda há oito jornalistas feridos e três desaparecidos ou presos.
A agressão a jornalistas não se expressa apenas nestes números de mortos, feridos e presos, que pode inclusive ser maior do que foi apurado até agora.
Na semana passada, três jornalistas da BBC, órgão de imprensa imperialista, o que faz deles aliados naturais de Israel, foram agredidos pela polícia israelense ao se dirigirem para um hotel em Tel Aviv.
Segundo os jornalistas, eles estavam em um veículo claramente identificado como imprensa, porém, nem a identificação e nem a empresa imperialista que representavam, foram suficientes para que não fossem arrastados para fora do veículo, revistados e jogados contra a parede. Um deles tentou filmar a ação, mas teve seu celular confiscado e jogado no chão.
A agressão ocorreu dias após o assassinato do cinegrafista libanês Issam Abdallah, após ataque da artilharia israelense no sul do Líbano, que feriu outros seis jornalistas.
As forças de Israel confirmaram o ataque no Líbano, mas não se manifestaram sobre os jornalistas e sobre a agressão, a BBC solicitou esclarecimentos da polícia israelense, mas também não obteve respostas.
Dos palestinos, três dos jornalistas foram mortos em um bombardeio a um prédio em Gaza, houve um aviso a um morador sobre o ataque, o prédio foi evacuado, porém o ataque ocorreu em outro local, onde estavam os jornalistas.
A cobertura jornalística em Gaza tornou-se ainda mais complicada com o aumento da agressão israelense, além do corte de energia e água, houve também o bombardeio a uma torre de comunicação e o corte da internet e do sinal para os celulares.
“Quando não há Internet, isso resulta na censura do jornalista, uma vez que não pode reportar informações ou notícias em diferentes áreas da Faixa de Gaza”, afirmou Shorouq Shaheen, correspondente da Síria TV em Gaza.
Muitos dos jornalistas estão abrigados no Shifa Hospital, onde podem ter o mínimo de condições para utilizar eletricidade devido aos geradores.
Sobre os mortos, o correspondente Al-Aloul da Roya TV, da Jordânia disse: “nos dá mais motivação para continuar trabalhando em seus nomes e memórias”.
O ataque aos jornalistas, mostra mais uma face do caráter do estado de Israel e sua política genocida, praticada há mais de 70 anos para eliminar definitivamente os palestinos.
Não basta a rede de mentiras espalhada por toda imprensa burguesa mundial, financiada pelo imperialismo norte americano em favor do Estado de Israel. É preciso acabar com a cobertura jornalística seja ela qual for, devido ao nível do massacre praticado pelos sionistas.
A solução não poderia estar mais de acordo com a política fascista levada adiante por eles: Aterrorizar jornalistas, mesmo aqueles que representam a imprensa imperialista, para que somente seja veiculada mundialmente as mentiras divulgadas pelo Estado de Israel e seu departamento de inteligência.
