No último sábado (28), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) do Maranhão recebeu a notícia de que Valdemar Guajajara, índio da aldeia Nova Viana, na Terra Indígena (TI) Arariboia, havia sido assassinado. Seu corpo possuía marcas que indicaram um assassinato, inclusive, brutal.
Frente a isso, lideranças da TI Arariboia afirmaram que “É muito triste o que está acontecendo com nossos parentes, sendo assassinados no município de Amarante. Já foram vários casos”. O Cimi-Maranhão, por sua vez, cobra uma resposta das autoridades em relação à escalada da violência contra os indígenas Guajajara. Desde setembro de 2022, já são seis casos de ataques violentos na região.
Ainda na semana passada, na quarta-feira (25), José Inácio Guajajara foi encontrado morto às margens da BR-226, próximo à TI Cana Brava, também no Maranhão. Apesar de apresentar marcas de violência, o Instituto de Medicina Legal (IML) de Imperatriz (MA) concluiu, de maneira demagógica, que o índio morreu de “causas naturais”.
Também no mês de janeiro, dois jovens Guajajara foram mortos a tiros enquanto estavam caminhando por uma rodovia que corta a TI Arariboia. Foi um atentado extremamente similar a outro que ocorreu em setembro de 2022, que vitimou três índios.
Apesar da derrota eleitoral de Bolsonaro, a extrema-direita intensifica cada vez mais a sua violência contra o povo sem terra e, especificamente, contra o povo indígena. Trata-se de uma operação nacional que, por meio do assassinato de centenas de pessoas, procura roubar as terras que são dos índios para os latifundiários.
É preciso, portanto, organizar comitês de autodefesa que visem armar a população indígena para que esta possa, com armas nas mãos, defender a sua própria terra e as suas comunidades.
Ao invés de denunciar esse quadro gravíssimo, entretanto, a esquerda pequeno-burguesa, a reboque da política imperialista encabeçada pela imprensa burguesa brasileira, ataca a soberania nacional e defende que os índios permaneçam em sua condição de pobreza. Enquanto a solução é, justamente, fornecer condições dignas de vida a essa população, uma das mais pobres do País.