Bombardeios de "Israel"

Imperialismo explica porque sionistas matam tantos civis

Exército israelense estaria usando muitas "bombas burras", que, em oposição à munição "inteligente", não é guiada automaticamente para atingir seus alvos

No último dia 14, a emissora norte-americana CNN teve acesso a informações exclusivas sobre o massacre promovido pelo exército sionista sobre a população de Gaza desde 7 de outubro. Segundo serviços de inteligência norte-americanos, cerca de 40% a 45% das munições utilizadas por “Israel” não foram guiadas. Eram “bombas burras” que não buscam automaticamente seus alvos com alta precisão. Segundo a reportagem, o uso desse tipo de munição numa região densamente povoada como Gaza certamente afetaria inúmeros civis. Apesar disto, ainda segundo fontes da CNN dentro do governo norte-americano, as “bombas burras” estariam sendo utilizadas em conjunto com uma técnica de bombardeio conhecida como “bombardeio de mergulho”, na qual caças mergulham em direção ao solo soltando suas bombas bem próximos de seus alvos de forma a atingi-los com maior precisão.

Para se entender como funcionam as “bombas inteligentes” que os norte-americanos supostamente gostariam que os sionistas estivessem utilizando, basta olhar para a Líbia, onde 100% dos bombardeios foram feitos com tal tipo de munição. Ou para o Iraque, em 2003, ocasião em que cerca de 70% dos bombardeios também foi “inteligente”. Ambas as guerras foram verdadeiras operações humanitárias quando comparadas aos “bombardeios indiscriminados” que vemos agora, termo utilizado pelo presidente norte-americano Joe Biden ao se referir às ações de “Israel” na última terça-feira (12).

O tópico foi lançado pelos serviços de inteligência na imprensa norte-americana apenas para desviar a atenção do verdadeiro objetivo de “Israel” em Gaza: o extermínio de todos os palestinos. Quanto às declarações do presidente norte-americano, foram simplesmente forçadas pela situação que constrange o imperialismo mundial. Precisam continuar apoiando esse genocídio em nome do controle do Oriente Médio, do qual um dos pilares é justamente o estado sionista. O objetivo dessa “revelação” sobre o uso ou não de bombas inteligentes é apresentar os resultados da operação sionista como um erro técnico, algo que poderia ser resolvido se as Forças de Defesa de Israel seguissem as orientações dos militantes humanitários da OTAN.

As revelações da CNN misturam uma boa dose de cinismo com uma pitada de ofensa à inteligência de seus leitores. Logo em seu início o texto revela o verdadeiro problema: inteligentes ou não, “Israel” despejou mais de 29 mil bombas em Gaza desde o dia 7 de outubro. Cerca de 500 bombas por dia. São os bombardeios mais intensos desse século, superando o “tapete de bombas” despejado sobre o Iraque no primeiro mês da invasão imperialista do país há 20 anos. Os sionistas realizam esses ataques contra uma população majoritariamente civil e indefesa, sem baterias antiaéreas para que possam se defender, o que explica como caças israelenses podem mergulhar em direção ao solo sem nenhum tipo de retaliação.

Segundo levantamento do semanário britânico The Economist, “Israel” atingiu com seus bombardeios mais de 43 mil edifícios (16% do total em Gaza) o que deixou mais de 450 mil pessoas desalojadas (20% da população) que se somam aos refugiados de bombardeios anteriores. Bombas despejadas pelos sionistas, burras ou inteligentes, têm um único objetivo: o extermínio de palestinos.

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