No contexto do conflito entre a Federação Russa e o imperialismo, por conta da luta travada pelos russos contra o nazismo ucraniano, acontece, no dia 26 setembro de 2022, um dos maiores e mais perigosos atos de sabotagem das últimas décadas, que foi a explosão de um trecho de cerca de 50 metros dos gasodutos Nord Stream 1 e 2, canos que transportam gás natural da Rússia para a Europa pelo Mar Báltico. A consequência foi um vazamento de cerca de meio milhão de toneladas de gás Metano, esse gás agrava o efeito estufa e é muito mais potente que o dióxido de carbono, embora seu tempo de vida seja mais curto, aproximadamente 11 anos.
Esses gasodutos iam direto para a Alemanha, potência que é a maior força industrial de toda a Europa e é a maior economia do velho continente, ou seja, a destruição destes gasodutos interessa para quem deseja enfraquecer tanto a Alemanha, que perde o gás barato para aquecer a sua população no inverno, quanto a Federação Russa, que perde o gás desperdiçado e também o pagamento que viria da compra do gás. Dito isso fica óbvio perceber que esta sabotagem foi realizada pelos Estados Unidos, que desde a Segunda Guerra Mundial joga geopoliticamente contra ambos os países citados anteriormente.
É importante analisarmos que mesmo com toda a demagogia contra as ações climáticas, que o imperialismo finge defender para tentar parecer uma nação amiga do nosso planeta e do meio ambiente, eles não tiveram escrúpulos ao sabotar os gasodutos, causando tamanho desastre ambiental que prejudica o ambiente não somente com o vazamento de gás, como também com as consequências da falta do gás russo na Europa, que obriga diversos países a recorrerem a fontes de energia mais suja, como a queima de carvão.
Pouco depois do ocorrido, aconteceu a COP 27 no Egito (6 a 18 novembro de 2022), e esse assunto sequer chegou a estar na pauta, demonstrando a hipocrisia e o descaso escancarado com o meio ambiente quando não é de interesse do Império. Nem mesmo as ONGs, que supostamente lutam contra o aquecimento global, criticaram as decisões da OTAN de sancionar o combustível russo e recorrer a fontes de energia mais prejudiciais ao meio ambiente.
A verdade é que só interessa ao Império lutar contra a degradação do meio ambiente quando essa é proveniente do desenvolvimento de algum país emergente que ameace ainda que minimamente a sua hegemonia em qualquer setor ou região do globo, afinal ataques a natureza parece uma ótima desculpa para a aplicação de sanções unilaterais que tendem a destruir qualquer país pequeno.
