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Radicalização

Hamas é apoiado pela maioria do povo na Cisjordânia

Povo palestino quer resistir de armas na mão contra o Estado de Israel

Diferente do que a imprensa imperialista e suas sucursais nacionais caracterizam como um conflito entre “Hamas e Israel”, a guerra de libertação nacional, que tem seu início tão logo a ocupação ilegal de colonos judeus nas terras palestinas, se alastra para a Cisjordânia. 

Até mesmo jornais burgueses, como a Folha de S. Paulo, se veem confrontados com uma realidade impossível de esconder: o povo palestino migra, paulatinamente e em conjunto, para o entendimento de que apenas a luta de libertação nacional é capaz de lograr o fim da ocupação sionista. Quão mais brutal a base militar travestida de país se mostra, mais aguerridos e radicalizados os palestinos e o mundo islâmico tornam-se. 

No dia 28 de outubro, a ocupação sionista em resposta aos atos de resistência do Hamas, bloqueou o acesso de diversas cidades e vilas palestinas na Cisjordânia — território palestino governado pelo Fatah — fome, doença e violência se espalham com esse bloqueio israelense. Além das ações das forças repressivas sionistas, grupos paramilitares de colonos judeus atacam as populações da Cisjordânia, numa contínua expansão territorial similar ao que se viu na “marcha para o Oeste” pelos colonos estadunidenses.

Não à toa, os palestinos da Cisjordânia se aproximam cada vez mais de seus compatriotas na faixa de Gaza, apoiando as ações de grupos armados como a única via racional para enfrentar o massacre imposto por Israel. Diferente do que a imprensa tem regurgitado diuturnamente, a Cisjordânia, governada pelo Fatah, vem há mais de 30 anos buscando uma saída negociada com o Estado sionista para a criação de um Estado palestino soberano, obviamente sem sucesso.

“Abu Mazen já não pode nos proteger, a Autoridade Palestina precisa encontrar um outro caminho, esse não funciona mais”, disse Othman Hassan, vice-prefeito de Qusra, referindo-se a Mahmoud Abbas por seu apelido. Othman, membro do Fatah, coleciona em seu gabinete fotos de Arafat, Abbas e outras figuras históricas do partido. Há poucas semanas atrás, seria impossível ouvir tal radicalização política de lideranças do Fatah, partido que capitulou diante do imperialismo no acordo de Oslo, dando lugar ao Hamas como principal organização de luta palestina. “O único caminho que nos resta é a resistência”, afirma o vice-prefeito.

Vamos aos fatos

É fato que o Brasil não considera o Hamas, nem seu braço armado (Brigada Izz el-Deen al-Qassam) como organização terrorista. E mais, apenas os países imperialistas, ou completamente dominados pelo imperialismo consideram os grupos armados palestinos como forças “terroristas”.

É fato que as colônias israelenses na Cisjordânia são consideradas ilegais pelo direito internacional. O que nos mostra as fronteiras da legalidade burguesa, em especial do direito internacional, que vale apenas para os países mais fracos e oprimidos, enquanto que as grandes potências e seus protegidos podem agir como bem entenderem. 

É fato que a população palestina, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia, sofrem diretamente com os ataques israelenses, perdendo até o momento mais de 8.000 vidas. É fato que esta guerra não é contra o Hamas, mas sim contra toda a nação palestina.

É fato que a guerra não começou com os últimos ataques do Hamas, mas sim com a ocupação sionista desde o fim da segunda grande guerra. É fato que exigir respeito à legalidade israelense, ou internacional das forças de libertação nacional palestina, frente ao morticínio e a contínua ocupação ilegal que sofrem há décadas é uma posição reacionária, capituladora e no mínimo pueril. 

É fato também que, grande parte das notícias vindas do conflito traduzem apenas os interesses do Estado israelense, posto avançado do imperialismo na região, vide a mentira deslavada dos 40 bebês decapitados, que circulou nos grandes jornais do mundo inteiro e, até agora, não recebeu retratação. 

A situação no terreno

O que vemos em Gaza e, em especial na Cisjordânia — o maior território palestino — é uma rápida radicalização de amplos setores sociais. Este fato não tende a se arrefecer nas próximas semanas. Muito pelo contrário, a renovada agressividade israelense tende a atrair, cada vez mais palestinos, para a única saída possível: uma guerra de libertação nacional sem quartel contra o Estado de Israel. 

Lideranças e organizações que não se ajustarem a essa nova realidade, tendem a serem varridas do mapa, tal qual ocorreu em Gaza anos atrás, superados por uma onda de radicalização política, resultado do acirramento do conflito e da inutilidade de qualquer diálogo com o Estado sionista, que nunca parou, quem dirá reverteu, sua colonização genocida dos territórios palestinos. 
No Brasil, apesar dos esforços da imprensa imperialista, que tenta empurrar a opinião pública para um apoio desavergonhado de Israel, quando as cenas do massacre palestino finalmente chegarem em solo pátrio, a tendência é de condenação ao Estado sionista. Quando o Brasileiro ver, com seus próprios olhos, um povo moreno, lutando com fuzis e pedras contra um exército profissional que massacra homens, mulheres e crianças, não haverá pastor neopentecostal, ou ministro do STF que consiga galvanizar um apoio popular ao Estado de Israel.

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