A junta militar que derrubou o imperialismo do governo do Níger anunciou de vai processar o presidente deposto, Mohamed Bazoum, sob a acusação de “alta traição”.
O coronel Amadou Abdramane, porta-voz do governo, afirmou, por meio de comunicado lido na televisão estatal no fim de domingo (13), que tinham “as provas necessárias para processar o presidente deposto por alta traição e ataques à segurança interna”.
O novo governo nacionalista acusa Bazoum de ter mantido contatos com líderes estrangeiros durante sua prisão domiciliar.
Abdramane também afirmou que houve uma campanha de calúnias contra a junta para tentar “atrapalhar qualquer solução negociada para a crise de modo a justificar uma intervenção militar por parte da CEDEAO”.
No último dia 3, o Níger comemorou o 63º aniversário de sua independência da França. Em meio às comemorações do aniversário da independência, milhares de trabalhadores foram às ruas em defesa do governo de transição, se reunindo em Niamey em apoio à derrubada do presidente pró-imperialista Mohamed Bazoum.
Demonstração do caráter progressista do golpe, o ato contou com a presença de grandes bandeiras russas. Enquanto isso, países imperialistas, em especial os Estados Unidos, continuam denunciando o novo governo, procurando pressionar o reestabelecimento do governo fantoche no Níger.