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Por detrás das cortinas

George Soros e seu exército de apoio a Joe Biden

O financiamento de Soros não se limita a think-tanks, ONGs e “movimentos sociais”; também é direcionado a partidos políticos.

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Há alguns anos no Brasil, vemos o levantar de duas posições na esquerda nacional que, nas últimas semanas, se chocaram novamente devido à nova vaga que se abre no STF: enquanto o setor mais tradicional, vinculado a classe trabalhadora, que conta com a esmagadora maioria da base social de esquerda, defende uma política independente da burguesia e seus agentes; outro setor, chamado de “identitário”, vinculado à pautas palatáveis e financiados pelo imperialismo, defende uma política típica do Partido Democrata estadunidense.

Uma das figuras que possui tentáculos por toda “esquerda” identitária — nacional e estrangeira —  através de vultosos financiamentos, é George Soros. O bilionário “filantropo”, como denunciado por esse diário, financia diversos setores da política nacional direta, ou indiretamente, objetivando o anticomunismo e, no caso dos países capitalistas atrasados, indo além, criando as condições ideológicas para submeter completamente esses povos aos interesses imperialistas.  

No entanto, suas ações não se limitam à periferia capitalista. Como denunciado no jornal liberal New York Post, diversas organizações em solo estadunidense também são financiadas diretamente pela organização Open Society, do bilionário Soros. “A Open Society Foundation de Soros desembolsou US$ 5,5 milhões para a organização sem fins lucrativos Accelerate Action Inc. em 2020 e 2021 – que, por sua vez, doou pelo menos US$ 300.000 em 2022 para outra organização sem fins lucrativos, a Gen Z for Change, que conta com uma rede de 500 ‘ativistas, organizadores e criadores’, mostram os registros fiscais”, afirma o jornal.

Além disso, é flagrante as ligações entre essas organizações artificiais financiadas por bilionários e os homens de Estado. “Durante todo o seu mandato, o presidente Biden procurou a Gen Z for Change e outras estrelas das mídias sociais para vender sua agenda política”, continua o articulista do New York Post. 

“Em março de 2022, altos funcionários da Casa Branca informaram sobre o esforço contínuo dos EUA na Ucrânia. Eles conversaram com o cirurgião-geral Vivek Murthy sobre o coronavírus e participaram de reuniões com Biden no Salão Oval, informou o Washington Post”, continua a matéria. Não por menos, as conversas entre os “influencers” e o presidente Biden foram ridicularizadas em um quadro no histórico programa de comédia Saturday Night Live no mesmo mês.

'Saturday Night Live' spoofs Biden meeting with TikTokers in Oval Office | USA TODAY

Essa aproximação é tão umbilical que, em reconhecimento de suas contribuições, a Gen Z for change foi convidada para Casa Branca a fim de testemunhar a assinatura da “Lei de Redução da Inflação”. Como de praxe na ação da “esquerda que o sistema gosta”, há uma mistura retórica esquerdista com ações concretas reacionárias, pró-imperialistas. “Apoiamos inequivocamente o Medicare para todos, o New Deal verde, a libertação palestina, uma infinidade de políticas progressistas que a grande maioria da Geração Z apoia”, disse o fundador do grupo, Aidan Kohn-Murphy, aos seus 288.000 seguidores do TikTok em uma mensagem na última quarta-feira. No entanto, Kohn-Murphy não explica suas conexões com o coração pulsante do imperialismo, já que supervisionou parcerias com a Casa Branca e o Comitê Nacional Democrata, de acordo com o gabinete de oradores do próprio partido democrata.

A matéria publicada no New York Post sofre de severos problemas em relacionar a política identitária à sua matriz: a ideologia pós moderna, surgida das mesmas bases do neoliberalismo. Apesar do claro enviesamento editorial ao jogar a paternidade do identitarismo no colo da “extrema esquerda”, a matéria traz elementos importantes para identificar uma política consistente em todo o mundo: a infiltração dos interesses imperialistas através do financiamento de organizações artificiais, sem bases sociais, que servem aos interesses desses mesmos financiadores.

Onde termina os investimentos políticos do bilionário “filantropo”?

Como demonstra a matéria do portal RT, o financiamento de Soros não se limita a think-tanks, ONGs e “movimentos sociais”; também é direcionado a partidos políticos. “Além de financiar campanhas de mídia social, Soros também canalizou US$128 milhões para candidatos e organizações democratas durante a temporada de meio de mandato do ano passado, o que o tornou o maior doador daquele ciclo eleitoral. Desde então, Soros deixou o comando da Open Society Foundations, passando o controle da ONG para seu filho, Alex Soros”, afirma o articulista da RT.

Manchete da matéria publicada no website da Open Society Foundation

O quadro que se abre é aterrador. O “investimento político”, feito por grupos empresariais, evoluiu como o próprio capitalismo monopolista. Hoje, fundos de investimentos gigantescos, nem um pouco exclusivos a George Soros, usam de seu poder econômico para colonizar corações e mentes, oferecendo suas soluções para os problemas que eles mesmos criaram. 

Como demonstra a matéria publicada  no portal da Open Society no Brasil, essa infiltração ocorre de forma aberta há muitos anos. O que também explica o atual conflito entre a esquerda vinculada a classe trabalhadora e a “esquerda” dos fundos de investimento. Não é de se estranhar que países de capitalismo atrasado, mas que possuem soberania plena, como Rússia e China, fazem questão de regular as organizações cujo financiamento advém do estrangeiro, legislação mais que necessária para o Brasil e qualquer Estado de fato soberano. 

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