A Força Nacional usou uma ação social com pula-pula e lanches para distrair e expulsar índios Guarani-Caiouá que tinham ocupado uma fazenda reivindicando a demarcação de terra do território Curupi, no município de Naviraí, MS, no dia 22 de maio.
“Ficar oprimido em um cantinho não ajuda em nada. Na visão deles, a gente tem que ficar no lugar que eles mandaram, mas enquanto isso vai prolongando, só fica na fala, a questão de demarcação vai enrolando, os anciãos vão morrendo e assim por diante. Se a gente não entrar em ação, ninguém vai chegar e falar ‘a demarcação vai acontecer’”, afirmou a liderança dos Guarani-Caiouá.
As forças de repressão usam de todos os expedientes para massacrar o povo pobre e oprimido, usam da miséria para alcançar seus objetivos. Fazendo uma festa para retirar os índios de suas terras. A terra deve ser de quem nela trabalha, é não para especulação financeira ou para servir para os latifundiários.
Diante dessa situação é preciso uma organização dos índios para evitar o massacre dos mesmos. A força nacional e toda a polícia age para massacrar os índios.
Somente a mobilização vai pôr em xeque essa política assassina, pois hoje em dia fala-se muito dos índios, porém só se faz demagogia com esse setor. Na realidade, os índios brasileiros são, em sua maioria, trabalhadores pobres, sem terra e sem perspectiva de vida.
É preciso ir além dessa política do identitarismo, é preciso organizar uma ampla mobilização dos trabalhadores, que também é a mobilização dos índios.