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Hélio Rocha

Possui graduação em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2013). Atualmente é repórter de meio ambiente e direitos sociais em Plurale em Revista e correspondente em Pequim.

Copa Libertadores

Fluzão botou banca nos argentinos

Esse jogo a gente já está se acostumando a ganhar. Agora, o papo é mais sério, contra o próprio imperialismo do Manchester City

O Fluminense Football Club é campeão da América, após, como se tornou corriqueiro nos últimos cinco anos, vencer os argentinos na bola. Legal foi ver que, dessa vez, também humilhou os portenhos naquilo que eles têm de mais notável: o apito e a porrada. 

Se, durante a partida, o jogo foi controlado e sem sustos ante o Boca Juniors, apenas atrapalhado por um belo gol numa jogada individual do negro peruano Advíncula (nessas horas, acho que os negros tornam-se mais bem vistos por muitos argentinos, já que jogam melhor que quaisquer deles), por outro lado, teve de enfrentar a aparente pré-disposição do árbitro Wilmar Roldán em derrotar na arbitragem o clube carioca. Foram diversas inversões de falta, uma cabeçada ignorada para evitar o cartão vermelho ao defensor Valentini, acréscimos curtíssimos quando o Fluminense buscava o ataque, longos quando o time brasileiro tomava a pressão argentina pelo empate (com toda a boa vontade de chamar aquele ataque vagaroso de “pressão”).

Fora do campo, antes do jogo começar, a torcida do Fluminense impôs respeito a uma das barras (como eles chamam as organizadas) mais violentas do mundo, La Doce. Atacou na emboscada argentinos desorganizados que se divertiam às custas das nossas praias (já que não as têm naquela terra varrida, de estepes frias e cinzentas), impondo respeito à barra argentina, que ainda não tinha chegado ao Brasil. Quando pisou terras cariocas, La Doce nada pôde fazer, ciente de que estaria em minoria, ante uma massa trabalhadora disposta a comprar qualquer guerra campal para não deixar argentino se criar em terras tupiniquins. 

Jogo de Libertadores, ainda mais contra argentino, ganha-se impondo respeito. O país que mais usa da violência e do jogo sujo como ferramenta do esporte, dessa fez voltou para casa com o rabo entre as pernas, derrotado até nos terrenos que lhe são mais favoráveis. Agora, é botar essa no bolso e focar no Mundial, onde o buraco é mais embaixo, já que o adversário não são os pobres e falidos argentinos, mas sim o imperialismo em sua forma futebolística: a nata dos superclubes europeus. 

Nos últimos tempos, essa vitória tem se tornado cada vez mais difícil, dada a concentração do capital na mão de poucos clubes, sintoma do capitalismo parasitário que chega ao futebol, mas faz com que poucos privilegiados retenham os principais jogadores do futebol mundial nas condições de titulares e reservas. Porém, sempre pode sobrar uma bola no pé do Cano (esse argentino é dos bons, sempre há exceções), e aí é gol, e aí é segura daqui, segura de lá, bola na bandeirinha, cera, até acabar o jogo.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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