Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Tem que sair

Operação do Mossad no Brasil é ameaça à soberania nacional

Após essa demonstração de sabujice, não há condições para que Flávio Dino continue integrando um governo eleito pela luta do povo brasileiro contra o imperialismo

Sob controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Federal (PF) empreendeu nesta quarta-feira (8), uma operação totalmente ilegal contra pessoas ligadas ao partido libanês Hesbolá. Em nota, a PF justificou as duas prisões e mandados de busca e apreensão contra 11 cidadãos, afirmando que “recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organizações terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo [grifo nosso], cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão”. Uma das vítimas da PF foi detida no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, ao chegar de uma viagem do Líbano. Há outros dois alvos de pedido de prisão que estão no Líbano, mas a primeira pergunta é qual organização terrorista?

Oficialmente, o Brasil não reconhece o Hesbolá como uma organização terrorista, de modo que “ser do Hesbolá” sequer pode ser uma acusação para qualquer fim. Como se a ação da PF já não fosse ruim o bastante, eis que a sinistra agência de espionagem e terrorismo do Estado de Israel, Mossad, publicou uma nota na tarde do dia 8 afirmando que os sionistas “por meio de vários métodos” atuaram contra uma suposta célula do partido no País:

“Os serviços de segurança brasileiros, em conjunto com o Mossad e seus parceiros na comunidade de segurança de Israel, juntamente com agências adicionais de segurança e aplicação da lei internacionais, frustraram um ataque terrorista no Brasil, que havia sido planejado pela organização terrorista Hesbolá, dirigido e financiado pelo regime iraniano. Esta era uma extensa rede que operava em outros países. O Mossad agradece aos serviços de segurança brasileiros pela prisão de uma célula terrorista operada pelo Hesbolá, com o objetivo de realizar um ataque contra alvos israelenses e judaicos no Brasil. Dado o pano de fundo da guerra em Gaza contra a organização terrorista Hamas, o Hesbolá e o regime iraniano continuam a operar em todo o mundo com o objetivo de atacar alvos israelenses, judaicos e ocidentais. O Mossad está trabalhando e continuará a trabalhar para frustrar esses esforços, onde for necessário, por meio de vários métodos.”

Segundo a seção brasileira da rede britânica BBC, a nota acima foi enviada “pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu”, indicando que “os israelenses confirmam sua participação na investigação que culminou na operação da Polícia Federal” (“Hezbollah: o que se sabe sobre prisão de suspeitos de planejar ataques no Brasil”, Felipe Souza, Leandro Prazeres e Mariana Sanches, 8/11/2023). A mesma matéria destaca que “uma fonte diplomática brasileira disse à BBC News Brasil que o Itamaraty não foi informado de antemão sobre a operação da PF e a cooperação com forças policiais internacionais” porque, por ora, “se trata de uma operação policial, não diplomática”. (Idem). Além do Mossad, segundo a mesma matéria, “agentes americanos do Federal Bureau of Investigation (FBI), também tomaram parte na investigação”.

Temos então que o episódio combina um grave atentado ao pluralismo político – demonstrado por um claro ataque a uma organização política culminando em prisão e outras medidas repressivas -, aos direitos democráticos – expresso na repressão a supostos “atos preparatórios de terrorismo”, seja lá o que for isso – e, não menos importante, à soberania nacional. A PF, trabalhando com o FBI e com o Mossad para reprimir a população brasileira, é um fato da maior gravidade e acende o alerta vermelho a todos que lembram a fase áurea e mais tenebrosa da famigerada Operação Lava-Jato. Repetir o erro crasso nesse momento de crise, em que a direita se mobiliza para sufocar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e impedi-lo de governar, é o caminho certo para um desastre político pior do que o golpe de 2016.

O fato de ter acontecido novamente no ministério de Flávio Dino (PSB) demonstra que por picaretagem ou por inépcia, a manutenção de seu comando à frente de um órgão com a importância da PF é uma ameaça ao governo do presidente Lula e à população brasileira de conjunto. Unir forças ao sionismo no momento em que a mais abjeta e nazista campanha de limpeza étnica é empreendida pelo Estado de Israel em parceria com os EUA evidencia, no mínimo, uma insensibilidade do ministro em relação aos oprimidos que o torna indigno de seu cargo.

Após essa demonstração de sabujice, não há condições para que Flávio Dino continue integrando um governo eleito pela luta do povo brasileiro contra o imperialismo que martiriza o sofrido povo palestino, que a cada 30 anos derruba presidentes no Brasil.

As forças que Dino atendeu e para as quais rebaixou o País são diretamente responsáveis e protagonistas do golpe de 1964, da Ditadura Militar, do golpe de 2016, da prisão do presidente Lula em 2018 e sua proscrição na eleição daquele ano. São também responsáveis diretos pelos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, sendo os orientadores da política genocida implementada durante a pandemia, da devastação econômica pelas privatizações e pela asfixiante taxa de juros, são o os principais apoiadores dos grandes monopólios da imprensa golpista.

São, em síntese, a raiz de todas as desgraças que se abateram sobre a nação e contra a qual o povo brasileiro se insurgiu ao se mobilizar para eleger Lula presidente em 2022. Por todas essas razões, a política lesa-pátria de Flávio Dino não pode passar impune.

O Mossad, organização para a qual Dino se curvou, é uma verdadeira organização terrorista, com mais de 73 anos de uma longa ficha corrida de assassinatos de operários, execuções das mais variadas e vis, sequestros e toda sorte de crimes imagináveis do sionismo. Já desrespeitaram a Argentina, em uma invasão do país vizinho romanceada pela propaganda imperialista na forma de operação de caça à nazistas, mas que era, concretamente, a invasão de país soberano. Essa é a organização que o oportunismo inconsequente de Flávio Dino atendeu.

Qualquer que seja o grotesco cálculo político feito no Palácio do Planalto, é preciso usar esse ponto de inflexão para revê-lo. Até agora, Brasília tem feito vista grossa a uma das maiores atrocidades que a humanidade já viu desde a Segunda Grande Guerra, entregando os miseráveis palestinos à sanha genocida de Israel sem denunciar o nazismo israelense de maneira enérgica.

A intromissão de uma agência governamental israelense nas liberdades democráticas duramente conquistadas por companheiros de valor – que em determinado momento se valeram de métodos “terroristas” contra o regime de terror da Ditadura Militar -, devem ser respondidas com o rompimento total das relações com Israel, a denúncia da política nazista desse país artificial, opressor do povo árabe, e, também, a demissão de Flávio Dino. Recuar nisso é o mesmo que assumir uma debilidade imensa e escancarar as portas Planalto para a ação golpista.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.