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Henrique Áreas de Araujo

Militante do PCO, é membro do Comitê Central do partido. É coordenador do GARI (Grupo por Uma Arte Revolucionária e Independente) e vocalista da banda Revolução Permanente. Formado em Política pela Unicamp, participou do movimento estudantil. É trabalhador demitido político dos Correios e foi diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios)

70 anos

Fidel Castro e o 26 de Julho

Um relato pessoal sobre a presença revolucionária de Fidel Castro para o povo cubano

Nessa quarta-feira, dia 26, completam-se 70 anos do episódio fundamental da história da Revolução Cubana, o assalto ao quartel de La Moncada.

Em 1953, um grupo de revolucionários, liderados por Fidel Castro, executaram o assalto ao quartel-general na cidade de Santiago de Cuba, na região oriental da ilha, na tentativa de derrubar o governo do ditador Fulgêncio Batista.

A operação foi um desastre. A maioria dos revolucionários foram mortos e Fidel condenado a 15 anos de prisão. O fracasso do episódio, no entanto, é fundamental no desenvolvimento posterior da revolução. Em sua defesa perante o tribunal, Fidel pronuncia seu discurso “A História me Absolverá” que se tornará um verdadeiro manifesto revolucionário para os cubanos.

Fidel torna-se, a partir daí, uma figura popular. É anistiado em 1955 e exila-se no México, de onde organiza uma nova investida contra a ditadura de Batista. Junto com seu irmão, Raul Castro, Che Guevara, Camilo Cienfuegos, num total de 83 homens, forma o Movimento 26 de Julho, desembarca em dezembro de 1956 na ilha e inicia a guerrilha em Sierra Maestra para, em 1º de janeiro de 1959, triunfar, tomando o poder em Cuba.

Quem anda pelas ruas de Cuba ou conversa com cubanos sabe a importância do comandante Fidel Castro Ruz. Diferentemente do que diz a propaganda imperialista sobre a “ditadura cubana”, os cidadãos conversam livremente sobre política.

Como em qualquer país, o povo fala mal ou fala bem do governo. Mas uma coisa é muito marcante: a popularidade de Fidel Castro.

Velhos e jovens são quase unânimes em reconhecer o trabalho de Fidel na revolução, mas principalmente na manutenção do governo revolucionário. Conversar com os cubanos é perceber que Fidel é quase um mito para eles.

E se podemos marcar um episódio fundamental para que Fidel se tornasse Fidel, foi o assalto ao quartel de La Moncada.

E vale ressaltar que Fidel, com todo esse reconhecimento do povo cubano e, devemos dizer, do povo latino-americano e do mundo todo, abriu mão de qualquer culto oficial à sua personalidade. Fidel usou seu “poder de ditador supremo” para fazer algo que nenhum verdadeiro ditador faria em qualquer país. Antes de sua morte, fez questão que se aprovasse uma lei proibindo qualquer estátua, nome de rua, local ou monumento com seu nome.

Fidel não precisa disso para ser o comandante da Revolução Cubana. Ele confiava na história, como demonstrou em sua defesa diante do tribunal que o acusava.

Nós, do PCO, naturalmente não temos total afinidade ideológica e política com o que defendia Fidel. Mas em ao menos uma coisa estamos juntos com os cubanos: na defesa incondicional da revolução.

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