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Lesa-pátria

EUA mandaram Bolsonaro acabar com o Mais Médicos, revela Pompeo

De acordo com livro de Mike Pompeu, Bolsonaro acabou com Mais Médicos a mando do Departamento de Estado norte-americano

O secretário de Estado norte-americano durante a gestão Donald Trump, Mike Pompeo, revelou a operação para acabar com o Mais Médicos no Brasil. O programa, extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, trazia médicos cubanos para as áreas mais isoladas do país, em que faltava atendimento por parte do Estado brasileiro.

A participação dos Estados Unidos na extinção do programa brasileiro foi posta a público no livro Never Give an inch – Fighting for the America I Love, no qual o ex-secretário de Estado relata as disputas internas no governo Trump. 

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro havia mantido um rígido discurso contra o Mais Médicos, lançado durante o governo Dilma. Inclusive, ele chegou a prometer expulsar os cubanos com a aplicação do Revalida. Com a publicação do livro de Mike Pompeo, tornou-se público que tal campanha se deu a mando do Departamento de Estado e da CIA. Ou seja, Bolsonaro rifou a saúde de milhares de brasileiros, que dependiam do programa, para atender aos interesses geopolíticos dos norte-americanos.

Mike Pompeu escreve, literalmente: “Também reprimimos uma das jogadas favoritas de Cuba por influência e dinheiro – um programa de exportação de médicos cubanos para países da região”, referindo-se ao Mais Médicos brasileiro e a um programa similar no Equador. 

Mais adiante no livro, Pompeu declarou: “Longe de executar algum tipo de programa de missão médica de boa vontade, Havana força os médicos cubanos a trabalhar no exterior e depois confisca até 90% de seus miseráveis ​​salários. Decidimos tentar esmagar esse esquema e conseguimos que Brasil e Equador expulsassem milhares de médicos entre eles”.

Ou seja, trata-se de um fato notório que Bolsonaro agiu a mando da CIA para acabar com o Mais Médicos. Finalmente, tal conduta pode se configurar, até mesmo, como um crime de lesa-pátria: visto que, para atender aos interesses de uma potência estrangeira, o presidente brasileiro desassistiu milhares de famílias.

Atualmente, a imprensa burguesa faz uma campanha acusando Jair Bolsonaro de corrupção no caso das joias. Independentemente de se ponderar se essas acusações são verdadeiras ou não, fato é que elas são irrelevantes se comparadas ao crime cometido por Bolsonaro ao jogar milhares de brasileiros na rua da amargura. Isso, de fato, é um escândalo e um atentado contra o povo brasileiro.

Além do mais, é bastante significativo que a imprensa burguesa não repercuta com tanta intensidade a declaração de Mike Pompeu. Afinal, esse escândalo de fato tem um conteúdo político de maior amplitude, de fato é relevante e deixa claro o capachismo de Bolsonaro em relação ao imperialismo. Enquanto as denúncias de corrupção se limitam a um moralismo rasteiro e, pior ainda, podem ser usadas para desenvolver o aparato repressivo do Estado burguês.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que prestava continência à bandeira norte-americana, agiu a mando do imperialismo contra um dos principais programas sociais brasileiros. Em nome da campanha contra Cuba, não se importou em deixar os brasileiros sem atendimento médico.

É válido ressaltar que o problema do Brasil não é exatamente a falta de médicos. A quantidade de médicos existente no país seria suficiente para atender à população; no entanto, eles estão muito mal distribuídos, ficando concentrados, fundamentalmente, no Rio e em São Paulo. Com isso, o interior do país sofre com uma falta significativa de profissionais.

Para suprir esta falta, o governo Dilma havia lançado o programa Mais Médicos, como um paliativo. Nele, médicos cubanos viriam para as áreas que mais sofressem com a falta dos profissionais a fim de suprir as demandas da população. A ideia era que o projeto durasse enquanto o governo não conseguisse realocar os médicos existentes no restante do território nacional de maneira mais igualitária.

No entanto, logo no início do governo Bolsonaro, em 2019, o programa foi encerrado. Com isso, Bolsonaro cumpriu sua promessa de campanha, que consistia em deixar a população brasileira desassistida, e agradou aos Estados Unidos. Tal atentado contra o povo brasileiro adquire carácteres mais perversos se se considerar que, no ano seguinte, o Brasil teve de enfrentar a pandemia de COVID-19 sem a população ter acesso aos cuidados mais básicos de saúde, graças à intervenção criminosa do imperialismo. 

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