A ação do Hamas no sábado (7) fez cair por terra toda a propaganda em torno do todo poderoso Estado de Israel. Como era de se esperar, não demorou para os Estados Unidos virem socorrer os sionistas. Afinal, Israel não é nada além de uma base militar do imperialismo para controlar o Oriente Médio.
Logo no começo da semana, os EUA anunciaram o envio de armas para Israel. A primeira leva chegou na quarta (11), através do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford.
Segundo o general Michael Kurilla, líder do Comando Central dos EUA, “A chegada desses reforços altamente eficientes à região é um forte sinal de dissuasão a qualquer ator hostil a Israel que considere tirar vantagem da situação”.
Essa declaração mostra que o envio do porta-aviões não foi somente para o transporte de armamentos. A embarcação aportou no Mar Mediterrâneo para dissuadir os outros países Árabes de intervir militarmente no conflito a favor dos palestinos.
O imperialismo constatou o caráter completamente desestabilizador da ação do Hamas. Sabe que ela pode muito bem conflagrar um movimento revolucionário unificado de todo mundo árabe. Uma revolução nesse sentido poderia resultar no fim do Estado de Israel, e mesmo acabar completamente com a ditadura imperialista sobre o Oriente Médio.
Demonstrando que os EUA estão cientes da gravidade da situação, foi noticiado que um novo porta-aviões pode ser enviado ao mediterrâneo oriental. O porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower (CVN-69) junto com seus caças e navios de guerra associados.
Assim, o fornecimento de bilhões de dólares em armas a Israel e o envio dos porta-aviões corresponde à tentativa do imperialismo de conter o conflito, evitando seu avanço favoravelmente em relação aos países árabes, em especial o Irã.
Contudo, a burguesia imperialista está ciente que tem de agir com cuidado. Caso erre na dose de sua intervenção, poderá acelerar a conflagração revolucionária. Nesse sentido, o Hesbolá do Iraque declarou que iria bombardear as bases norte-americanas caso houvesse ataques direitos à Palestina:
Hesbolá do Iraque ameaça atacar bases dos EUA
No mesmo sentido, o Pentágono declarou nessa terça (10), que não pretende enviar tropas para combater em Israel.
Assim, por ora, o imperialismo se limita atuar no conflito através do fornecimento de armas e da tentativa de dissuadir que países da região se juntem militarmente no conflito.
É claro, toda essa situação pode mudar de forma repentina, generalizando o conflito. Caso isto ocorre, é possível que o imperialismo venha a sofrer mais uma derrota, em razão de seu profundo enfraquecimento.
