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STF

Escolher uma mulher no STF para dar um golpe como fez Rosa Weber?

O governo Lula não deve atuar como um RH identitário e demagógico de uma empresa capitalista

Se o fato de ser mulher muda a política a ser levada adiante por uma pessoa, a tornando progressista automaticamente, é preciso rever a festa feita pelos trabalhadores ingleses e pelo resto do mundo quando morreu Margaret Thatcher. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

O problema a ser verificado em qualquer cargo político, e o mesmo vale para o Poder Judiciário, é o programa defendido por determinada pessoa, sua ideologia, suas raízes políticas, a confiança, etc.. É assim que se deve escolher, por exemplo, um ministro de uma corte superior.

A esquerda de classe média não quer saber. Pressiona a todo momento para que Lula escolha uma mulher, um negro, ou qualquer outro integrante de um setor oprimido para ocupar cargos como este. E assim está se dando com a suplência no STF (Supremo Tribunal Federal) de Rosa Weber. 

Dessa forma, os ânimos ficam exaltados por todo setor pequeno burguês esquerdista, ficam todos excitados. Como pode ser visto na matéria publicada no Brasil 247, assinada por Florestan Fernandes Júnior, que afirma: “os nomes mais cotados são os de Bruno Dantas (ministro do TCU) e Jorge Messias (AGU). Ambos com qualidades reconhecidas e que gozam da confiança de Lula e de setores importantes do PT”, mas que “não haveria mulheres igualmente qualificadas para o mais alto cargo do judiciário brasileiro, comprometidas com as causas da democracia, de reputação ilibada e notável conhecimento jurídico?” 

O lamento é para que Lula indique uma mulher, de qualquer jeito, para atender a pressão identitária da esquerda e do próprio imperialismo, que agora enverniza todas as suas atrocidades com um negro ou uma mulher, se possível, com uma mulher negra. Certamente essa política, se adotada pela esquerda, vai dar muito certo, basta ver o que fez o ex-ministro Joaquim Barbosa (negro), indicado pelo PT para o STF, no processo-farsa do “Mensalão”. Joaquim Barbosa é o patrono do golpe que o Brasil sofreu. 

Continua Florestan Jr.: “A se confirmar a nomeação de um dos candidatos mais lembrados, ao invés de duas ministras entre onze, restaria apenas uma”. Se for para não levar nenhum golpe de Estado, ou para a direita tomar o poder de novo, pode colocar 11 múmias paralíticas no STF que está de ótimo tamanho. Quanto menos o tribunal agir, melhor.

O compromisso de Lula deve ser com os direitos das mulheres, como o direito ao aborto, creche pública e de qualidade, de acesso universal, etc. Não pode ser um compromisso com a demagogia, como a esquerda pequeno burguesa quer. Isso, por vasta experiência, já se sabe que não funciona. 

Sobre o STF cabe, ainda, uma crítica de fato progressista que ninguém quer fazer. Uma corte como esta, com onze ministros biônicos, que mandam e desmandam no país, não deveria existir. Todo o judiciário deveria ser eleito, passar pelo crivo e controle popular. Tal como está, não só o STF mas todo o Poder Judiciário e sua atividade é a mais pura expressão da manutenção da ditadura dentro do Brasil. 

Mas, ao invés de entrar neste mérito (este sim, progressista) vamos ao texto demagogo do Sr. Florestan Fernandes Jr. “Cito alguns nomes, como os das advogadas Vera Lúcia Santana, Soraia Mendes, Dora Cavalcanti, Carol Proner; da desembargadora Simone Schreiber (TRF2); das ministras Regina Helena Costa (STJ) e Kátia Arruda (TST). Todas com currículos, qualidades e pré-requisitos que as habilitam para ocupar o cargo em disputa”, diz o texto. Maravilha, lindo, perfeito, que ótimo.

Mas elas vão ajudar a dar um golpe de Estado? Vão ajudar na caça aos direitos democráticos, como Alexandre de Moraes quer? Vão decidir com as próprias mãos os rumos políticos do País? Vão atuar para derrubar o PT novamente? Essas são as perguntas que devem ser respondidas. O governo não deve atuar como um RH identitário e demagógico de uma empresa.

Falando nisso, também ninguém vai falar do “currículo” da ministra Rosa Weber. Pois bem, falemos

Ajudou a condenar José Dirceu durante a farsa da operação Lava Jato, mesmo assumindo, de público, a inexistência de provas.

Ajudou a negar o Habeas Corpus de Lula em abril de 2018, preso injustamente, vítima principal do golpe. Weber é uma das responsáveis por quase 600 dias de cadeia do atual presidente. 

Já no intocável Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ajudou a impedir a candidatura de Lula em 2018, como parte fundamental do golpe de Estado. 

Ainda houve o julgamento da ministra Rosa Weber que negou a anulação do impeachment de Dilma Rousseff. Para a ministra, derrubar Dilma Rousseff era a coisa mais constitucional possível.

Este é o breve currículo da ministra que está saindo (ainda bem) do STF. Diga-se de passagem, ministra indicada pela própria Dilma Rousseff.

Por fim, não custa lembrar que a derrubada de Dilma Rousseff em 2016 foi votada no Congresso Nacional. Lá, pelo menos 29 deputadas votaram pelo golpe de Estado. Já no Senado Federal, tivemos, dentre outras, as golpistas Lúcia Vânia (PSB/GO), Ana Amélia (PP/RS) e Simone Tebet (PMDB/SP), que simplesmente disse “não é golpe, é democracia”.

O problema não é o sexo ou a raça de uma determinada pessoa, mas o programa e a política que ela defende. Se Lula escolher um pedaço de pedra para ser ministro do STF, com a mais absoluta certeza de que não vai atuar contra o presidente em um novo golpe de Estado, está mais do que certo.

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