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STF

A trajetória de Rosa Weber no STF e a farsa do identitarismo

Rosa Weber é a prova que o identitarismo é uma cortina de fumaça para golpistas e defensores da burguesia ocuparem lugares de poder

O Supremo Tribunal Federal é o principal órgão do Poder Judiciário. Possui dentre as prerrogativas a guarda da Constituição Federal de 1988. O STF é um dos três poderes indicados na Constituição Federal que, em tese, deveria existir harmonicamente com os poderes Executivo e Legislativo.  É composto por 11 ministros, todos indicados pelo Presidente da República em exercício à época do ato de nomeação e aprovados pelo Congresso Nacional. Na composição atual existem duas mulheres: Carmem Lúcia e Rosa Weber, esta última atual presidente do STF. É sobre ela que discutiremos a seguir.

Rosa Weber chegou ao STF em 201  por meio de nomeação da então Presidenta Dilma Rousseff. Ela ocupou a vaga da ministra Ellen Gracie que saiu por aposentadoria. Na Corte, Weber é uma das figuras mais interessantes. Ela atua com “seu” conceito de justiça para protagonizar inacreditáveis decisões que nos deixam dúvidas se há leis neste país.

Um fato que se tornou emblemático no direito foi a condenação de José Dirceu durante a farsa da Operação Lava Jato, mesmo a ministra assumindo a inexistência de provas. Porém, esta não foi a única façanha de Weber. Ela foi useira e vezeira de exceções durante a Lava Jato, para as quais não são encontrados precedentes na justiça brasileira. Quem lembra da negativa do Habeas Corpus a Lula em abril de 2018? Preso injustamente, vítima de uma das mais grotescas manobras jurídicas que rasgou a Constituição Federal, Lula amargou, ilegalmente, 580 dias na prisão. Tudo isso para tirá-lo das eleições que resultou na vitória de Bolsonaro. Rosa foi peça chave desse plano.

Seguindo o caminho persecutório da esquerda para o qual foi incumbida pela burguesia, Rosa Weber assumiu o Tribunal Superior Eleitoral em 2018 e impediu a candidatura de Lula, finalizando mais um ato da farsa que enganou quase todo o País. A lei da Ficha Limpa foi usada como escudo para esta ação ilegal e inconstitucional proferida pela Ministra. Ora! Naquelas eleições tivemos candidatos com tornozeleira eletrônica, com processos em andamento e acusados. Só Lula não pode concorrer. A brecha que o direito apresentou foi que Lula era um condenado. Sim! É verdade! Só que a condenação foi inconstitucional, pois ocorreu em segunda instância, não dando chance para o atual Presidente da República recorrer à Corte que se diz ‘Guardião da Constituição Federal’.

Ainda na farsa da Lava Jato, Weber agiu como um aríete, abrindo caminhos para que a operação avançasse. Em mais uma das suas justiças, suspendeu a ação contra os procuradores da Lava Jato, que faziam verdadeiras atrocidades, prendendo à revelia e ameaçando os depoentes, como hoje podemos ver claramente com as atuais revelações.

Em outros terrenos obscuros da justiça que só o STF conhece, Weber já negou Habeas Corpus a jovens infratores do Macapá em plena pandemia, mesmo o Juiz da Vara da Infância e Juventude do estado ter solicitado o contrário.

Como atual presidente do STF, Rosa Weber montou uma pauta leve para a Corte. A ideia é tirar o STF dos holofotes. Olhando cuidadosamente, esta é outra prática da ministra: fugir dos assuntos que envolvem e servem diretamente a sociedade brasileira. Com esta decisão, Weber deixou de fora o orçamento secreto do governo Bolsonaro – alegando que julgaria após as eleições -, o marco temporal e as discussões sobre o aborto. Isto deixa claro que a ministra, que irá se aposentar este ano, não precisa mais fazer jogo de cena com este segmento social.

Os fatos aqui apresentados mostram que o identitarismo é uma farsa. Ser mulher não significa ser de luta, honesta, ética e guardiã da justiça. Assim como cor, etnia e orientação sexual também não credencia ninguém para ser de confiança na luta dos trabalhadores.  Clamaram por uma mulher no lugar de outra mulher no STF (Rosa Weber para o lugar de Ellen Gracie). Dilma escutou e selou o destino do Partido dos Trabalhadores à época. Agora, este pedido insano volta a ecoar: uma mulher no lugar de uma mulher. Desta vez, Lula está atendo e procura alguém de extrema confiança na figura do Zanin.

Decerto que é positivo mulheres ocuparem lugares de expressão. Mas o critério não deve ser identitário. Rosa Weber é apenas um exemplo. Muitos outros existem e podem ser tomados como lição e demonstração de que o identitarismo está para a esquerda como o carrapato está para seu hospedeiro.

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