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Izadora Dias

Izadora Dias é militante do Partido da Causa Operária em São Paulo, coordenadora do coletivo João Cândido e integrante da secretaria de organização do PCO. É militante anti-imperialista e anti-identitária. É estudante da USP e, além de colunista do Diário Causa Operária, participa do programa matinal da Causa Operária TV, o Reunião de Pauta, às sextas-feiras.

Flambando o imperialismo

Escândalo na França: Hollande desmonta versão sobre a Ucrânia

Hollande ficou nos trend topics nas redes sociais após ter sido 'trollado' por comediantes russos

O portal progressista de esquerda lecourrier-du-soir (correio da noite), no penúltimo domingo (9) lançou uma notícia com título “Escândalo na França: preso por dois comediantes russos, François Hollande derrapa e destrói a versão oficial sobre a Ucrânia”

“Flanby cai, mais uma vez, na armadilha”, diz o portal. 

Apelidado ‘carinhosamente’ e/ou ironicamente de ‘Flan’, numa alusão à composição de um doce oriundo do Império Romano que ficou famoso na Idade Média, o pudim, equiparando-o com a compleição do ex-presidente francês, um “Crème à base de lait, d’œufs, de farine que l’on fait prendre au four”, ou ainda, “uma sobremesa feita de ovos, leite e açúcar com uma calda de caramelo por cima”, o ex-presidente francês, deu “sem querer” mais uma espetada no enfraquecimento da hegemonia do discurso imperialista a respeito da Ucrânia e a OTAN.

Considerado controverso por muitos franceses, François Gérard Georges Nicolas Hollande, político francês, serviu como Presidente da França e Co-Príncipe de Andorra, foi criticado como “impopular” pela imprensa burguesa monopolista pró imperialista, além de já ter estado na mesma posição que este Diário em relação à candidatura do presidente Lula em 2022, portanto, contra o imperialismo americano que incentivava a 3ª via ou Bolsonaro.

Hollande, esta semana, ficou nos trend topics nas redes sociais por três dias após ter sido trollado por comediantes russos, onde fez alguns comentários sobre o conflito na Ucrânia, em um programa com Petro Poroshenko (do Partido Solidariedade Europeia da Ucrânia), empresário bilionário e ex-presidente da Ucrânia. Juntamente com Putin, Angela Merkel e Poroshenko, Hollande firmou o acordo de Minsk-2. .

Quando um dos apresentadores do programa falou que “segundo Angela Merkel (ex-chanceler alemã), os acordos de Minsk permitiram à Ucrânia ganhar tempo para reforçar o seu exército e preparar-se para a guerra contra a Rússia, o presidente francês, pensando em abordar o ex-presidente ucraniano, aprova sem reservas.

“Sim, ela estava certa em dizer isso porque havia uma ideia de que era Putin quem queria ganhar tempo, mas éramos nós que queríamos ganhar tempo para permitir que a Ucrânia se recuperasse, para fortalecer seus recursos militares. É por isso que devemos defender as negociações de Minsk, nas quais você desempenhou um papel muito importante. Deve ser defendido porque é precisamente durante estes 7 anos que houve meios para a Ucrânia se fortalecer. Foi aí que Putin errou e subestimou a capacidade dos ucranianos e sua resistência”, diz ele.

Hollande tentou redirecionar a interpretação do que falou, mas aparentemente não deu certo.

O vídeo do programa teve um grande compartilhamento, e constrangeu o ex-presidente francês que admitiu ter ficado encurralado, e tentou desfazer a impressão sobre o que falou. “Eu não tinha ideia de que era  manipulação”. Sobre as observações feitas sobre os acordos de Minsk, François Hollande tentou retificar a situação. “Em nenhum dos  meus comentários, porque é isso que eles estão tentando enfatizar, sugeri  que teríamos assinado os acordos de Minsk para permitir que os ucranianos se preparassem  para a guerra”, defende-se ele.

Como já noticiou este Diário, “Em junho… [2022], Poroshenko admitiu que o cessar-fogo de 2015 em Donbass, negociado com a Rússia, França e Alemanha quando ele era presidente da Ucrânia, foi apenas uma distração para ganhar tempo a fim de Kiev reforçar seu Exército”.

A imprensa monopolista imperialista sempre usou o argumento que Putin assinou os acordos de Minsk para ganhar tempo e assim armar o Donbass. Porém, como este Diário provou desde o início da guerra, Putin sempre esteve na defensiva. E agora têm saído mais e mais evidências de que quem quer guerra é o imperialismo americano e o alvo é igualmente sabido.

Segue aqui o link do vídeo de Hollande com os humoristas russos.

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