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Grave Crise Inflacionária

Escalada inflacionária na Argentina: aumento dos preços em março

Aumentos Confiscatórios do Salário do Trabalhador Argentino

Mês de março. A inflação não dá descanso ao povo argentino. Novos aumentos são registrados no preço do gás, da água, dos planos de saúde, dos combustíveis, dos transportes e dos colégios. Estima-se que a inflação geral neste mês chegará à casa dos 6%, similar ao mês de fevereiro.

Por sua vez, prognóstico do Banco Central Argentino para o ano de 2023 aponta uma inflação anual acumulada de 97,6%, o que superaria a marca atingida no ano de 2022, de 94,8%, a maior entre os três gigantes da América Latina (Brasil: 5,79%; México: 13,13%; Argentina: 94,8%). É claro, estes são índices oficiais, sendo a realidade inflacionária mais catastrófica que as estatísticas.

Passemos à análise dos índices oficiais para o aumento inflacionário de março, o que, por si só, já é desesperador para o trabalhador argentino.

GÁS

Em março, a ENARGAS (Ente Nacional Regulador del Gás) autorizará um aumento da tarifa do gás em um mínimo de 30%.

O preço deste produto essencial vem sofrendo aumentos constantes desde alguns anos, tendo a situação se agravado a partir de setembro de 2022, com a retirada dos subsídios e o consequente aumento das tarifas.

À guisa de exemplo, durante o inverno de 2022, uma família portenha de classe média pagava cerca de $1.500 a $2.000 pesos por sua tarifa de gás. Isto com o subsídio estatal. No próximo inverno, prevê-se que a tarifa passará dos $4.000 pesos. Em outras palavras, um aumento mínimo de 120% em relação ao que se pagava no inverno anterior.

Alguns analistas preveem que, até o final do ano, o aumento acumulado do preço do gás poderá flutuar entre 150% a 170% em relação a 2022.

ÁGUA

Conforme dito, aumento também ocorrerá na tarifa de água.

Cerca de 984.000 argentinos deverão arcar com a tarifa plena deste bem imprescindível para a sobrevivência.

MEDICINA PREPAGA (PLANOS DE SÁUDE)

Prepagas são espécies de planos de saúdes privados que existem na Argentina. Em tese, tendem a custar mais barato que os planos de saúde que temos no Brasil.

A questão é que as prepagas argentinas, esses planos de saúde, também sofrerão aumentos no mês de março, e os aumentos serão da ordem de 7,66%.

COMBUSTÍVEIS E TRANSPORTES

Os aumentos nos combustíveis também afetarão a população.

Enquanto que em fevereiro houve uma subida de 4% no preço da gasolina, em março será de 3,8%.

Aqueles que andam de metrô (ou seja, a maior parte dos trabalhadores argentinos) também sentirão seus bolsos esvaziando.

A tarifa de 1 a 20 viagens passará a custar $58 pesos. De 21 a 30 viagens, o valor do boleto será de $46,40 pesos; de 31 a 40 viagens, $40,60 pesos; por fim, mais de 41 viagens, o valor sairá por $34,80 pesos.

No mesmo sentido, haverá aumento também na tarifa do PreMetro (linha ferroviária ligada ao metrô de Buenos Aires), para $20 pesos em março, chegando a $28 em setembro.

A população poderá esperar novos aumentos em maio, junho e setembro. Após todos estes aumentos, o valor das primeiras 20 viagens passara as ser de $80 pesos pela passagem.

Ainda no que diz respeito aos transportes, haverá um aumento a nível nacional.

A título de exemplo do aumento, no mês de janeiro as tarifas do transporte coletivo na Área Metropolitana de Buenos Aires estavam fixadas em boletos mínimos de $35, $39, $45 e $48 pesos, conforme a extensão do percurso. Referidos valores serão reajustados de abril a dezembro deste ano, conforme o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Grande Buenos Aires. Assim, as tarifas passarão a ser de $37,10; $41,34; $44,52; $47,70 e $50,88 pesos.

COLÉGIOS

Por fim, aumentos também são registrados em Buenos Aires e nas demais provinciais, nas mensalidades dos colégios. Sergio Massa, Ministro da Economia, de início havia anunciado um aumento de 20% nas províncias, para o mês de março. Na capital, o aumento anunciado foi de 25%.

Diante da crise gerada com os trabalhadores, pais de alunos, o governo resolveu reduzir os aumentos para 16,5% (províncias) e 16,80% (capital).

Contudo, não deixa de ser um aumento expressivo e confiscatório do salário do trabalhador.

Como se não bastasse, novos aumentos são previstos para os meses de abril, maio, junho e julho, o que significa que o povo argentino não terá sossego tão cedo.

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