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Eletricitários em greve

Entrega da Eletrobrás é uma sabotagem ao desenvolvimento do País

No dia 29 de julho, um transformador explodiu na Usina de Tucuruí (PA), resultado da falta de manutenção básica para evitar acidentes e uma consequência direta das demissões

Alertas e mais alertas, denunciam o caráter corrupto e sabotador do interesse nacional promovido pelo sistema burguês de privatização. A máxima sobre o tema continua valendo: “privatização é entregar para o ladrão”. Novamente estamos vendo rapidamente as consequências do sucateamento e da falta de investimentos na estrutura do sistema Eletrobrás. No dia 29 de julho, um transformador explodiu na Usina de Tucuruí no Pará, resultado da falta de manutenção básica e regular de fatores decisivos para ocorrências de incidentes e acidentes. Uma consequência direta do enxugamento do quadro de empregados.

O sistema elétrico brasileiro é responsável por todo processo de desenvolvimento do país. Na cidade e no campo, a produção e distribuição de energia elétrica se faz necessário para ampliação das atividades nos mais diferentes setores. Esse é um fator decisivo que  permite a expansão do comércio, da produção agrária e da indústria. Sendo uma área estratégica para um país, deveria ter uma administração totalmente estatal. O desmantelamento deste setor implica um cenário catastrófico para a economia nacional. É muito comum, sob administração de empresas privadas, as quais se importam somente com o lucro, o desencadeamento de apagões em larga escala apagões e graves acidentes graves. Além disso, aumenta o desemprego e impacta um custo maior para o consumo pela população.

Como todo aviso não é pouco, a Eletrobras foi entregue por míseros R$ 40 bilhões que não paga nem o cobre utilizado para o cabeamento elétrico de suas redes. Desde sua privatização, vários aumentos no preço do fornecimento de energia elétrica foram registrados e também demissões em massa de trabalhadores. Na prática, significa que os capitalistas buscam lucrar de todas as formas possíveis e não os importa nada absolutamente. Porém, a redução do quadro de trabalhadores precariza os serviços de manutenção do sistema elétrico e resulta em acidentes que implicam grandes adversidades à população em decorrência da falta de energia.

A função social da rede elétrica e do sistema Eletrobras foi totalmente suprimida com a incorporação dos empresários ligados ao Grupo 3G. Apesar de 42% das ações pertencerem ao governo federal, nas decisões diante do conselho da empresa, seus votos se limitam a 10% do total. Uma política de verdadeira sabotagem contra a representação dos interesses da população, significa colocar todas as decisões tanto técnicas como políticas nas mãos de empresários mal intencionados como é o caso dos caloteiros das Lojas Americanas.

A Light está prestes a perder a concessão pública de energia no Rio de Janeiro, tamanho o descaso na prestação do serviço e devido um roubo bilionário da empresa que resultou numa dívida de 11 bilhões. Não há qualquer investimento no setor energético, nem mesmo uma parte do lucro é empregado para melhorar os serviços oferecidos à população. Ao invés disso, a empresas é assaltada e sucateada, uma gestão de terra arrasada. Nas mãos de um governo popular o lucro poderia ser empregado em programas de desenvolvimento nacional e ainda assim levar energia a baixo custo para toda população.

Casos como o acidente da Usina de Tucuruí se repetem, por exemplo, no Rio Grande do Sul, estado que é governado pelo PSDB, partido cuja especialidade é a “privataria”. A frequente falta de energia tem sido responsável por mobilizações populares contra a Equatorial, grupo empresarial que vem abocanhando sistemas elétrico de norte a sul do país. As avaliações sobre os serviços do Grupo Equatorial Energia são as piores possíveis desde o ciclone que arrasou algumas cidades do estado. A cidade de Pelotas é o caso mais crítico, há mais de 130 mil pontos sem energia.

Quem paga o pato é a classe trabalhadora que, além de arcar com serviços mais caros devido a reajustes exorbitantes, sofrem o flagelo que representa as demissões em massa. A atual política do grupo que abocanhou a Eletrobras é apresentar um Plano de Demissão Voluntária para todo território nacional, que pretende reduzir o quadro de trabalhadores perigosamente pela metade, assumindo o risco de colocar o país na escuridão, uma decisão inconsequente com objetivo de aumentar as margens de lucro.

A resposta dos trabalhadores se materializou no seu principal instrumento de luta que é a greve da categoria. É preciso envolver a população com sentimento nacional contra esse projeto de desindustrialização do país e de um ataque contra os trabalhadores. A mobilização dos eletricitários se iniciou na última terça-feira (9) e precisará de todo o suporte da Central Única dos Trabalhadores, sindicatos, partidos de esquerda e organizações populares para reverter a destruição em curso na Eletrobras. É preciso estatizar todo sistema de elétrica do país e colocá-lo sob o controle dos próprios trabalhadores!

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