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Outro Cavalo de Tróia

Dino, mais um fantoche de Soros infiltrado no governo Lula

Em evento na Faculdade de Direito de Lisboa, o Ministro da Justiça disse que o crescimento dos países asiáticos (leia-se: China) é uma ameaça à democracia mundial

Nesta segunda-feira (26), o Ministro da Justiça, Flávio Dino, esteve em Portugal, na Faculdade de Direito de Lisboa, participando do XI Fórum Jurídico de Lisboa, onde palestrou para o painel “Riscos para o Estado de Direito e Defesa da Democracia”, ocasião em que disse ver uma modificação na ordem política mundial, de forma que o poder político, hoje concentrado nos Estados Unidos e Europa (países imperialistas), estaria se deslocando para a Ásia (leia-se: China e Rússia). Na palestra, o ministro manifestou preocupação com a crescente “hegemonia asiática” e seu impacto na suposta “democracia” mundial.

Segundo o Dino, os países asiáticos possuem modelos políticos caracterizados pela ausência de eleições e de sistemas democráticos multipartidários. Tais modelos não estariam “assentados na democracia ocidental”. Assim, o crescimento da China representaria um risco para a democracia, o que é mais uma demonstração de que a política de Flávio Dino está alinhada com a política do imperialismo.

Um governo de esquerda eleito para implementar um programa nacionalista ter como chefe do aparato de repressão estatal uma pessoa com política tão destoante já seria um problema em si. A situação, contudo, é ainda pior quando se leva em consideração a política externa do presidente Lula, que busca cada vez mais aproximar Brasil de China, a fim de conformar um bloco de países oprimidos que seja forte o suficiente para resistir às pressões do imperialismo. Nesse sentido, Dino mostra-se em flagrante oposição ao programa do presidente, ao condenar a China como um risco para a democracia mundial.

Apesar disto, não é surpresa que Flávio Dino tenha essa posição pró-imperialista a respeito do país asiático. Ele está apenas sendo coerente com seu histórico direitista e pró-imperialista. Originalmente, foi um homem do topo da hierarquia do aparato de repressão, afinal exerceu o cargo de juiz federal durante mais de duas décadas, de 1994 de 2006. Abandonou o cargo para ingressar na política.

Em 2014, para ser eleito governador do Maranhão, fez aliança local com a ambientalista de estimação de George Soros, Marina Silva, que à época disputava a presidência da república, fazendo parte da campanha virulenta da burguesia contra Dilma e o PT. Além dela, fez aliança local com ninguém menos que o golpista-mor de 2014, Aécio Neves, e com o seu partido, o PSDB, este a principal agremiação política do imperialismo no Brasil.

Cumpre relembrar que 2014 foi o ano do “Não vai ter copa”, ou seja, as primeiras manifestações de rua a favor do golpe de Estado de 2016. Igualmente foi o ano em que o FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos desataram a Operação Lava Jato, voltada à perseguição política do PT, Dilma e Lula, e ao desmantelamento da indústria nacional. Finalmente, foi também o ano de uma das mais grotescas campanhas eleitorais feitas pela burguesia.

De caráter difamatório, calunioso e até mesmo fascista, a imprensa burguesa utilizou-se de todos os seus meios para impulsionar Aécio Neves e o PSDB contra Dilma, e o PT. Foi justamente neste ano que Flávio Dino buscou aliança com o tucano golpista, para se eleger governador do Maranhão. Em outras palavras, estamos tratando de uma pessoa profundamente direitista, afinal é um juiz aliado do PSDB. Foi eleito e, eventualmente, conseguiu se reeleger em 2018.

Já segundo mandato, alguns episódios demonstrando seu caráter pró-imperialista merecem destaque. Foi no mesmo ano de 2018 que o governo brasileiro entregou a Base de Alcântara para os Estados Unidos, um episódio lamentável de profundo servilismo perante os norte-americanos. Oficialmente denominado Centro Espacial de Alcântara, trata-se da base de lançamento mais próximo da linha do equador, de forma a conferir ao local uma vantagem significativa no lançamento de satélites. Em outras palavras, um local de fundamental importância política e militar para o Estado Nacional Brasileiro. E como Flávio Dino se posicionou a respeito da entrega da base ao imperialismo? Disse que não houve violação da soberania nacional. Novamente, uma demonstração de seu servilismo perante os Estados Unidos.

Flávio Dino foi favorável à entrega de Alcântara ao imperialismo

Ainda como governador, no ano de 2020 aceitou que a Open Society Foundations (OSF) doasse ao governo do Maranhão R$5 milhões para fins de “assistência social” durante a pandemia. À época, Dino declarou: “É um relevante apoio da Open Society que vai possibilitar a implementação de algumas ações de enorme impacto que nós iremos levar adiante. Teremos aquisição de medicamentos, pois mantemos mais de 500 pessoas internadas na rede estadual por conta do novo coronavírus“.

Flávio Dino recebe doação de Soros para “ajuda” ao Maranhão

Para os que não se recordam, a OSF foi criada pelo especulador financeiro húngaro George Soros, imperialista responsável pela falência econômica e até mesmo pela destruição territorial de países ao redor do mundo. Através da fundação, Soros financia ONGs em todo o planeta, em especial nos países oprimidos, para promover golpes de Estado que sirvam à sua especulação financeira e aos interesses do imperialismo. E Flávio Dino, como governador do Maranhão, aceitou doação milionária ao estado. Como diz o ditado: “Quem paga a banda, paga a música”.

Esta não foi a única ocasião em que Dino esteve em contato com a Open Society. Já como Ministro da Justiça, nesse ano de 2023, no mês de março, esteve no Complexo da Maré, participando do lançamento do Boletim “Direito à segurança pública na Maré”. Na ocasião, reuniu-se com comitivas da rede internacional Open Society, conforme informações do próprio sítio do Ministério da Justiça.

A cereja do bolo, contudo, ficou para o mês de maio, quando Dino recebeu Mark Malloch-Brown, presidente da OSF, para discutir temas como os rumos da democracia no país e no mundo, além da construção de políticas públicas que objetivem o alcance da justiça social no Brasil. Segundo consta da página do Ministério da Justiça, “o encontro […] teve o objetivo de estreitar o relacionamento entre o governo brasileiro e a importante instituição internacional […] Flávio Dino, na conversa com Mark Malloch-Brown, abordou, ainda, temas como o relacionamento com as plataformas digitais, o atendimento a usuários de drogas e questões relacionadas à imigração em terras brasileiras”.

Preparando uma revolução colorida no Brasil

Delineia-se, então, um quadro: Flávio Dino revelando-se um lacaio do imperialismo infiltrado no governo Lula, um ventríloquo de Soros atuando contra o programa nacionalista do presidente e, por conseguinte, contra o desenvolvimento econômico do Brasil. Não é coincidência que o conjunto de sua política como Ministro da Justiça e as medidas tomadas desde a posse no cargo são profundamente pró-imperialistas.

Mantém a propaganda de que o evento do dia 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe de Estado, a mesma adotada pelo governo Biden sobre o acontecimento. Assim, vem apoiando toda a perseguição que o Supremo Tribunal Federal implementa contra elementos secundários do bolsonarismo, enquanto não fala absolutamente nada com o fato de nenhuma investigação séria contra o Alto Comando das Forças Armadas, investigação que ele mesmo poderia ordenar, sendo chefe da Polícia Federal.

Igualmente, adota a política imperialista em relação à liberdade de expressão e às redes sociais. Todas as medidas tomadas pelo Ministério da Justiça vêm sendo no sentido de acabar com a liberdade de expressão no Brasil, estabelecendo a censura e um estado de vigilância, em especial através das internet e das redes sociais.

Fica claro, portanto, que Flávio Dino é mais um infiltrado do imperialismo no governo Lula. Sua política geral, sua recente declaração reacionária sobre a China e sua progressiva aproximação com a Fundação de Soros, comprovam isto para além de qualquer dúvida razoável. Não nos surpreendamos se, eventualmente, esse Cavalo de Troia se mostre abertamente alinhando com os EUA e se volte contra Lula, na ofensiva golpista que se avizinha.

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