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Capitulação perante Israel

Demora no resgate demonstra fracasso de diplomacia com Israel

Mesmo com todo o receio do governo brasileiro em denunciar Estado sionista, operação demorou mais de um mês para ser concluída

No dia 12 de novembro, um grupo de 32 pessoas que estava na Faixa de Gaza finalmente conseguiu atravessar o corredor de Rafah, no Egito, e assim, embarcar no avião da Força Aérea Brasileira (FAB) rumo ao nosso País. Desde que os ataques israelenses à população civil palestina se intensificaram, no dia 7 de outubro, o grupo vinha pedindo seu resgate ao governo brasileiro.

O grupo é composto por 22 cidadãos brasileiros e 10 palestinos – três parentes de primeiro grau de brasileiros e sete portadores do Registro Nacional de Migração (RNM) que devem receber status de refugiados. Segundo o ministro de Comunicação Social, Paulo Pimenta, entre os passageiros havia, pelo menos, duas crianças com quadro de desnutrição.

A demora entre o pedido de resgate e o embarque no avião da FAB tem apresentado pelo governo brasileiro como um mero problema de ordem burocrática e diplomática. Sempre ao tratar do tema, as autoridades procuraram não indicar culpados, dando a entender que “as coisas são assim mesmo”.

“Foi a negociação mais difícil, mais dolorosa. Acho que quando envolve uma quantidade grande de crianças, o envolvimento emocional é muito grande”, afirmou o secretário nacional de Justiça, Augusto Botelho. Ora, mas por que seria necessário tanta “negociação”, se se tratava de um grupo de 32 civis que nada tinham a ver com o conflito? Que tipo de negociação seria necessária para evitar que duas crianças entrassem em um quadro de desnutrição?

A própria declaração de Botelho já revela que os brasileiros estavam como reféns na Faixa de Gaza. Mas não reféns de “terroristas”, como costuma chamar a imprensa imperialista, que, por exemplo, sequestram aviões por uma necessidade política. E sim reféns do Estado de Israel, a quem cabia, desde o primeiro momento, a libertação dos civis.

Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, uma autoridade brasileira, quando perguntada sobre o porquê da demora, afirmou que o problema estava no fato de que o governo não estava no controle da situação. E, de fato, não estava: quem estava no controle era Israel. E, justamente por saber disso, Israel decidiu humilhar os brasileiros e o governo brasileiro, fazendo-os esperar por semanas, brincando com as emoções de todos os envolvidos.

Enquanto a liberação não acontecia, o embaixador de Israel ainda se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro, principal opositor do governo, em uma clara provocação, de forma a alimentar teorias de que a liberação só teria acontecido graças a ele.

Que Israel é um Estado nazista, sob o comando de verdadeiros delinquentes, não é novidade alguma. Os sionistas serão capazes de bombardear toda a Faixa de Gaza, mesmo que a ONU e até os Estados Unidos lhe peçam para parar. O que o caso revela, no entanto, é uma importante lição: a cumplicidade com o Estado de Israel não rendeu nenhum fruto ao governo brasileiro.

Chamar o Hamas de teorrorista, não denunciar Israel pelos crimes contra a humanidade, adotar um tom brando sobre o genocídio e não convocar as manifestações pró-Palestina não “amoleceram” o coração de Benjamin Netanyahu. Pelo contrário: quanto mais o Brasil evitou se chocar com Israel, mais se humilhou, mais demonstrou fraqueza e, assim, facilitou para que Israel não desse a mínima para seus clamores.

A postura do governo deve ser diametralmente oposta. É preciso denunciar energicamente os crimes do Estado judeu, incentivar as manifestações em apoio ao povo palestino e romper relações com Israel.

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