A recente baixaria entre o youtuber Jones Manoel e a agremiação à qual é filiado, o Partido Comunista Brasileiro (PCB), trouxe à tona o debate sobre os youtubers teen – jovens que passam o dia na internet defendendo um comunismo que só existe em suas cabeças.
O PCB classifica os tais webcomunistas como “setores internos que perderam a perspectiva de intervenção na luta junto à classe trabalhadora, se voltam para os aparelhos partidários e para militâncias virtuais, no sentido de tentar exercer algum papel político”. Para além do oportunismo do partido, que vem abrigando há anos os youtubers teen, a crítica é bastante sintomática: são figuras que estão tentando se infiltrar no aparato de partidos de esquerda. Segundo o próprio PCB, essa infiltração seria um fenômeno mundial:”várias ofensivas fracionistas estão ocorrendo em Partidos Comunistas, a exemplo do Partido Comunista da Venezuela (…), Partido Comunista dos Povos de Espanha, Partido Comunista da Alemanha, Partido Comunista da Itália (…), Polo da Reconstrução Comunista Francesa, entre outros”.
Pelo próprio compromisso que assumiu com os youtubers teen, o PCB é incapaz de dizer com todas as letras de onde vem essa infiltração. Mas não é preciso muita investigação para descobrir.
Em primeiro lugar, conforme denuncia o próprio PCB, a existência desses webcomunistas seria um fenômeno mundial – podemos concluir, portanto, que há uma articulação por trás desses youtubers. Isto é, uma condição para a existência dos youtubers teen seria a existência de alguém ou de alguma organização presente e influente em todo o planeta. Não restam muitos candidatos.
A segunda questão a ser levada em conta é a política que os youtubers teen defendem. Conforme detalharemos neste artigo, os webcomunistas são, sem exceção, figuras completamente alinhadas à política do imperialismo.
Dito isso, está respondido de onde vem o impulso para que surjam os webcomunistas. Vem do Departamento de Estado Norte-Americano e de suas agências de inteligência, como a CIA, especializadas em promover clandestinamente movimentos que defendem os interesses do imperialismo, mas que dissimulam seus propósitos perante o público.