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PL das "Fake News"

Quem tem medo da opinião?

De onde realmente vem a influência estrangeira na política nacional?

fake news

O jornalista Eugênio Bucci publicou um artigo no Estado de S. Paulo chamado “O Google Eleitor”, onde ele critica o posicionamento aberto e público da empresa, contrário ao PL 2.630 (PL das “Fake news”).

“As próprias plataformas começaram a agir como se fossem lobistas, e isso sem disfarces. Então, o maior site de buscas em atividade no País tomou partido. ‘O Google colocou em sua página inicial um link para o artigo contra a proposta’, registrou este diário na sua primeira página de anteontem.”

Antes de mais nada, é estranho que o jornalista fique perplexo que uma empresa imperialista aja como lobista e se posicione sobre alguma questão política no País. Qual é a novidade? Não é a primeira vez, nem a última,

Mas o que é uma aberração mesmo é ideia expressa no artigo de que o Google não poderia se emitir uma opinião sobre determinada política. O Google e outras plataformas das redes sociais estão sendo acusadas pelo Estadão de estarem fazendo algo ilegal, quando na realidade elas só estavam omitindo sua opinião.

A acusação é cínica. O jornalista não fala, por exemplo, que a todo instante há empresas imperialistas tentando intervir na política nacional. Não simplesmente dando uma opinião, como fez o Google, mas usando diretamente a sua influência econômica sobre as instituições nacionais. A todo instante, há interesses estrangeiros sendo defendidos na imprensa nacional, a serviço desses interesses, mas também na imprensa imperialista que está no Brasil, como a CNN, por exemplo.

“Agora, estamos numa cena difícil de explicar e ainda mais difícil de entender. A Inteligência Artificial parece ter aprendido que o Brasil, que nunca foi para principiantes, está aí ao sabor dos caprichos de agentes traquejados, mesmo quando estrangeiros natos.”

Só agora o colunista descobriu que o Brasil está constantemente pressionado por agentes estrangeiros? Muito provavelmente não. O próprio jornal Estado de S. Paulo, para o qual Bucci escreve, está constantemente defendendo interesses econômicos estrangeiros no País. Os que entregam o patrimônio nacional para o estrangeiro, atacam os direitos do povo em nome dos interesses dos capitalistas internacionais, em suma, os que vivem para defender interesses estrangeiros no País, querem vender a ideia de que são os grandes defensores dos interesses nacionais.

A verdadeira preocupação do Estadão não é essa. Todo esse escândalo com a opinião do Google é apenas uma forma de disfarçar que interesses estrangeiros muito mais poderosos querem fazer passar o tal PL das “Fake News“. Essa, sim, é produto de interesses escusos, de poderosas corporações econômicas internacionais para estabelecer um regime de censura no País.

Não há nenhum nacionalismo na indignação do colunista. O que ele omite, não sabemos se propositalmente ou apenas por confusão, é que o Google apenas tem um interesse contraditório em relação a setores muitos mais poderosos dos capital imperialista.

“A famosa plataforma vai interferir nas eleições para prefeito, no ano que vem? Vai apostar em alguns postulantes à vereança, em detrimento de outras candidaturas? E em 2026, vai favorecer presidenciáveis? Até onde chegarão os tentáculos do Google Eleitor?”

Não sabemos se é ingenuidade ou cinismo. Como dissemos, o autor fala como se nenhum interesse estrangeiro interferisse na eleição. Segundo, logicamente que as redes sociais influenciam na eleição, mas o cinismo está justamente no fato de que é o PL das “Fake News” um instrumento muito mais perigoso para essa manipulação do que a simples opinião do Google. 

As plataformas das redes sociais já colocam em prática um sistema de algorítimo que limita a liberdade de expressão. O Google e outras plataformas são contrários ao PL porque economicamente é desvantajoso para eles ter que aumentar ainda mais esse controle.

Em suma, o problema não é a opinião do Google. Os executivos dessas plataformas foram chamadas a dar sua opinião sobre o PL inclusive no Congresso. A nota publicada pelo Google foi aberta para quem pudesse ler, qual seria exatamente o problema? O único problema é que a imprensa golpista está na campanha para aprovar o PL e, não por coincidência, para aprovar uma lei cuja essência é a censura, nada melhor do que tentar calar quem tem uma opinião diferente.

O PL quer controlar o que pode ou não ser dito nas redes sociais. Quem vai definir isso? As instituições do Estado, em primeiro lugar o Judiciário. Assim temos um grande instrumento de interferência nas eleições.

O que está em jogo não é a interferência do Google na política. O que está em jogo é o controle ditatorial do que será dito nas redes, a liberdade de expressão, a censura e a manipulação.

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