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Marcelo Marcelino

Membro Auditoria Cidadã da Dívida Pública (ACD) nacional, sociólogo, economista e cientista político, pesquisador do Núcleo de Estudos Paranaenses – análise sociológica das famílias históricas da classe dominante do Brasil e membro do Partido da Causa Operária – Curitiba.

CUT

CUT se coloca contra imposições da Europa no acordo UE-Mercosul

As centrais sindicais europeias e sul-americanas em nota conjunta defendem os trabalhadores contra o acordo desfavorável imposto pelo imperialismo europeu contra o Mercosul

Recentemente, o presidente Lula, em passagem a Europa, criticou severamente as imposições da União Europeia em relação aos acordos com o Mercosul. Segundo Lula “não é possível que parceiros estratégicos sejam constrangidos e pressionados a cumprir metas ambientais a ponto de todos os produtos agrícolas alcançarem o selo verde de padrão ambiental”. Trata-se de uma imposição do bloco europeu imperialista comandado pela França que procura defender seus interesses comerciais frente aos produtos brasileiros. O tal “acordo de Paris”, que nunca foi cumprido desde 2009, agora é utilizado para coagir os países periféricos como o Brasil e demais parceiros do Mercosul.

Os países do Mercosul vêm negociando com a União europeia esse acordo desde 1999 e chegou a ser assinado em 2019 no início do governo Bolsonaro. Entretanto, no momento em que o governo Lula assume, as imposições em termos de metas e exigências para que o acordo seja colocado em marcha são impraticáveis, e mesmo ameaçadoras, principalmente para um país que se diz parceiro estratégico, afirma Lula.

A CUT também se manifestou, assim como a Coordenação das Centrais Sindicais do Cone Sul e a Confederação Europeia de Sindicatos afirmando que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia irá aumentar a desigualdade social. As organizações sindicais editaram uma nota conjunta na segunda-feira passada dia 19 de junho em que destacam não ter avanços desde 2021 as negociações para que o acordo fosse viabilizado. Pontos como a liberdade sindical, proteção laboral e espaços para a discussão de conflitos não avançam e que, portanto, só favorecem majoritariamente empresas europeias. Segundo o secretário adjunto de Relações Internacionais da CUT Quintino Severo, qualquer negociação que leve em consideração apenas o livre comércio poderá trazer sérios prejuízos ao Mercosul.

Os dois blocos da integração são compostos por 31 países, onde a negociação se arrasta por quase 25 anos. A Venezuela entrou no bloco do Mercosul em 2012, mas logo foi suspensa por pressão do imperialismo. A negociação inclui protocolos de livre-comércio, compras governamentais, proteção ao meio ambiente, tarifas alfandegárias, entre outros pontos. A queda da tarifa de importações é um dos principais alertas desse pacote incluso nos acordos e poderá levar a uma maior perda de competitividade industrial com queda acentuada nos empregos e ainda com aumento do trabalho precário com baixos salários. Nem mesmo para os trabalhadores europeus esse acordo poderá contemplar melhores condições de trabalho e renda.

O protecionismo europeu só interessa mesmo a classe empresarial e nunca aos trabalhadores, seja de qual lado esses estiverem. A cúpula do Pacto do Financiamento Global a qual Lula participou na última sexta-feira (23) e fez seu discurso em defesa do Brasil e do Mercosul mostra a face mais obscura do imperialismo europeu ao impor seus ditames que só mesmo interessam à burguesia internacional. O acordo que interessa ao Mercosul reside no fortalecimento da aliança entre os países dos BRICS, os africanos, asiáticos, países árabes e demais nações oprimidas pelo imperialismo, com o fortalecimento de uma moeda única para as relações comerciais entre os países em marcha contra o imperialismo.

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