Nesta terça-feira (19), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs ouvirá representantes de organizações não governamentais que atuam na região amazônica. Ritaumaria Pereira, diretora do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) responderá a perguntas dos membros da comissão sobre sua atuação na Amazônia, bem como sobre divergências relacionadas à prestação de contas ou outras irregularidades apontadas em documentos enviados à CPI.
A reunião da comissão está marcada para às 10h, no Anexo II, Ala Senador Nilo Coelho, Plenário nº 6, com transmissão pela TV Senado. O convite foi feito pelo senador Plínio Valério (PSDB), presidente da CPI das ONGs.
No que diz respeito ao Imazon, Valério afirma que a ONG foi mencionada em diversos depoimentos e em documentações enviadas à CPI, “motivo pelo qual se caracteriza grande interesse por conhecer os trabalhos da entidade, considerada formalmente como OSCIP”, destacou o senador amazonense.
Cabe destacar que essa será a segunda reunião da CPI com a participação de representantes de ONGs. Na semana passada, os senadores ouviram o depoimento de Virgílio Viana, superintendente da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que atua há 15 anos no Amazonas e já movimentou mais de R$400 milhões desde o início dos trabalhos, dos quais R$51 milhões do Fundo da Amazônia para duas fases do programa Bolsa Floresta. Só em 2022, a FAS gastou R$13 milhões no pagamento de 143 funcionários.
Além disso, segundo a assessoria de Plínio Valério, foi enviado um convite a Suzana Pádua, diretora da ONG Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ). Pádua, porém, alegou compromissos na Bahia e não atenderá ao convite para depor. Frente a isso, a CPI deverá transformar o convite em uma convocação.
A organização possui sede na cidade de Nazaré Paulista, em São Paulo, e atuou como condutora do processo de criação das Unidades de Conservação no Baixo Rio Negro, inclusive como organizadora de outras ONGs na região.
“[É preciso] conhecer os trabalhos da entidade, em especial o que faz exatamente nessas áreas, operando com recursos, estabelecendo qual destinação desses recursos e autorizados por quem para participar e conduzir todo esse processo ao longo do tempo”, destacou Plínio Valério.