Em greve desde a última segunda-feira (13), os trabalhadores que têm seus salários confiscados pelos patrões, uma vez que a quase dois meses não estão recebendo pagamento, têm que enfrentar não só os patrões, o prefeito do golpista Republicanos de nome José Pessoa Leal, mas que muito bem pode ser chamado de Dr. Desleal, bem como, o Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT/PI) estão tendo que ultrapassar todos esses obstáculos para conquistar salários em dia, reajuste do mísero salário que sequer supera o ínfimo salário mínimo, vale alimentação e assistência médica.
Os motoristas e cobradores das empresas de ônibus fizeram atos de protesto contra a atitude inconsequente dos tubarões dos transportes de Teresina e a total conivência do Prefeito.
Eles voltaram a realizar atos na manhã de ontem (15), em seu terceiro dia da greve no transporte coletivo. As manifestações começaram em frente à Assembleia Legislativa e seguiu em passeata até a Prefeitura de Teresina.
Nem bem começaram suas atividades de mobilização, os motoristas e cobradores foram surpreendidos com a notícia de que o TRT-PI decidiu que todos deveriam voltar ao trabalho, isso sem que as negociações tivessem qualquer solução.
A decisão do desembargador Téssio Tôrres, do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, determinou que 100% da frota de ônibus circule durante os horários de pico.
O presidente do Sintetro Antônio Cardoso disse que: “A gente não teve nenhum dos nossos pedidos atendidos. Agora a gente recebeu uma determinação do desembargador e talvez ele não esteja por dentro da situação, primeiro avisar ao desembargador que nós estamos 45 dias sem salários, sem convenção desde o dia 31 de dezembro de 2022 e nós procuramos vários entendimentos, a gente teve duas negociações, sendo uma com o Ministério Público do Trabalho (MTE) e outro com o TRT e nós não tivemos sucesso. Procuramos o prefeito por mais de uma vez, mas o prefeito é só fazendo promessas e não resolve o problema”.
Atualmente os trabalhadores recebem salários de R$2 mil para os motoristas e R$ 1.302,00 para os cobradores, com auxílio-alimentação de R$ 170,00 e assistência à saúde de R$ 70,00. ou seja, um mísero salário mínimo e irrisórios auxílio-alimentação e assistência à saúde.
As reivindicações
Os motoristas e cobradores reivindicam um reajuste de 20%, auxílio-alimentação de R$600,00 e assistência à saúde de R$84. Os trabalhadores reivindicam que o pagamento dos salários devam ser de: 60% no dia 5 de cada mês e 40% com o ticket e o plano no dia 20. é exigido também, melhores condições de trabalho, por ser uma atividade extenuante.
É assim que se faz
É necessário intensificar a greve dos motoristas e cobradores, bem como, colocar o transporte a serviço da população. O transporte não deve servir para os patrões gananciosos enriquecer mais e mais, portanto, além da prefeitura ter que atender as reivindicações dos profissionais dos transportes, deve, também abolir toda e qualquer tarifa e o controle deve estar nas mãos do estado, portanto, da prefeitura, sem a ingerência dos “concessionários” e que a população seja quem irá fiscalizar sobre o funcionamento e a qualidade desse patrimônio do povo.